Governo fará segundo aeroporto antes da Ota - TVI

Governo fará segundo aeroporto antes da Ota

Quem tem medo da Ota? [montagem - arquivo]

O Governo está a equacionar o investimento numa solução provisória que compense o esgotamento de capacidade da Portela, mesmo antes de a Ota entrar em funcionamento, caso o aumento da procura do actual aerorporto assim o justifique.

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O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse ao «Diário Económico» que se «a Portela esgotar em 2014 ou 2015 pode ter que se arranjar uma solução provisória, ainda que dispendiosa, mesmo depois de realizado o investimento de 350 milhões de euros», em curso, para a expansão da capacidade da Portela.

Esta solução tem de se basear em estudos que confirmem o esgotamento da capacidade da Portela antes da data de inauguração da Ota, prevista para 2017, mas que Mário Lino gostaria de ver antecipada para 2016 ou 2015.

Segundo Mário Lino, esta alternativa passaria, por exemplo, por «usar uma base aérea qualquer», acrescentou.

A optar por uma base áerea provisória na Grande Lisboa para superar os constrangimentos da Portela, as alternativas mais faladas são Montijo ou Alverca. A consequência desta opção é que o investimento de 350 milhões de euros em curso na Portela, além de ser desmantelado após 2017, poderá não ser suficiente para combater a subida do número dos passageiros, obrigando a novo e avultado investimento público.

Para Mário Lino, manter a Portela continua fora de questão uma vez que o tráfego com que iria ficar depois de repartido com a Ota não seria o suficiente para justificar os custos de gestão do aeroporto.

«Uma unidade destas tem grandes despesas e estão feitos estudos económico-financeiros que provam a inviabilidade de manter os dois aeroportos», explicou Mário Lino, acrescentando que «não há nenhum privado interessado em ficar com a gestão da Portela».

«Nunca teremos 50 milhões de passageiros, quanto muito 40 milhões, e por isso não faz sentido manter os dois. Berlim tem actualmente dois aeroportos e vai construir um e acabar com os outros. Já Paris mantém dois, mas é outra dimensão», reparou.

Fora de questão está também uma outra localização para o novo aeroporto, mas Mário Lino adianta que «se aparecer uma coisa (alternativa) perfeita, perfeita, terei de olhar para ela».
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