O jornal francês “Le Figaro” refere que as autoridades invadiram, esta quinta-feira, o apartamento da mãe de Hasna, na rua Edgar Degas, em Aulnay-sous-Bois, onde a jovem tinha voltado a viver há seis meses.
Em declarações à AFP antes de a polícia lhes invadir a casa, tanto a mãe como o irmão da bombista suicida de 26 anos disseram ter reconhecido de imediato a voz de Hasna na gravação da troca de palavras entre a jovem e a polícia, antes de se fazer explodir.
"É lavagem cerebral", disse a mãe a respeito da radicalização da filha ao longo dos últimos seis meses.
Falando sob anonimato, o irmão de Hasna Aitboulahcen disse que ela se radicalizou de repente há seis meses e começou a usar véu islâmico.
"Ela era instável, criou a sua própria bolha. Não estava interessada em estudar a religião, eu nunca a vi abrir um Alcorão", disse o irmão à AFP.
Hasna Aitboulahcen viveu com a mãe e outros irmãos até há cerca de três semanas atrás.
“Ela decidiu ir morar com um amigo em Drancy. Na quarta-feira, liguei a minha televisão e soube que ela se tinha matado”, acrescentou o irmão.
Drancy é uma cidade localizada a curta distância de Aulnay-sous-Bois.
Rusgas também na casa do pai
O jornal “Le Figaro” refere que a polícia francesa voltou, esta quinta-feira à noite, a fazer buscas em Creutzwald, uma pequena comuna de Moselle, próxima da fronteira com a Alemanha, onde mora Mohamed Ait Boulahcen, o pai da bombista suicida.
Na quarta-feira, a polícia já tinha cercado o quarteirão e o prédio onde se situa o apartamento do pai de Hasna, mas encontrou apenas uma porta fechada no apartamento nº 5, uma vez que o progenitor estará desde julho em Marrocos, de acordo com a informação dos vizinhos.
"Nenhuma prisão ou apreensão" ocorreu durante a ação de quarta-feira, disse uma fonte citada pelo jornal.