O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu, esta quinta-feira, ao G7, para discutir os incêndios que estão a devastar a Amazónia. O encontro está previsto para este fim-de-semana, em Biarritz, no sudoeste de França.
Numa mensagem publicada no Twitter, Macron classificou os fogos na Amazónia como "crise internacional" e "emergência".
A nossa casa está a arder. Literalmente. A Amazónia, o pulmão do nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio, arde em chamas. É uma crise internacional”, escreveu.
Our house is burning. Literally. The Amazon rain forest - the lungs which produces 20% of our planet’s oxygen - is on fire. It is an international crisis. Members of the G7 Summit, let's discuss this emergency first order in two days! #ActForTheAmazon pic.twitter.com/dogOJj9big
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 22, 2019
O G7 reúne no sábado, no Sul de França. O grupo é composto pela Alemanha, pelo Canadá, pelos Estados Unidos, pela França, pela Itália, pelo Reino Unido e pelo Japão.
Guterres pede proteção para o pulmão do mundo
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se pronunciou, esta quinta-feira, sobre a tragédia que se abate sobre a Amazónia e pediu proteção para a floresta tropical brasileira.
Guterres mostrou-se profundamente preocupado e disse que será difícil suportar os danos numa das maiores fontes de oxigénio e biodiversidade.
I’m deeply concerned by the fires in the Amazon rainforest. In the midst of the global climate crisis, we cannot afford more damage to a major source of oxygen and biodiversity.
The Amazon must be protected.
— António Guterres (@antonioguterres) August 22, 2019
Marcelo solidário com o Estado e com o povo brasileiro
O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, solidarizou-se esta quinta-feira com o Estado e o povo do Brasil devido aos incêndios de “enormes proporções” na Amazónia, mostrando-se “profundamente sensibilizado pela tragédia ambiental” que representam.
O Presidente da República, como qualquer cidadão do mundo, não pode ficar indiferente a estes incêndios que continuam a devastar um ‘pulmão’ do planeta”, refere uma nota publicada na página da Presidência da República.
Marcelo Rebelo de Sousa mostra-se “profundamente sensibilizado pela tragédia ambiental provocada pelos incêndios de enormes proporções que assolam a Amazónia, em particular a Amazónia brasileira, que representam já um número recorde dos últimos anos” e “solidariza-se com o Estado e o povo brasileiros”.
O chefe de Estado português faz “votos para que, com a brevidade possível, seja possível” pôr cobro a estes incêndios.
A palavras polémicas de Bolsonaro e o apelo de Madonna
Várias personalidades de diversos quadrantes a nível mundial já manifestaram pesar pela tragédia que se vive na Amazónia. Uma das intervenções mais recentes partiu da cantora Madonna, a viver em Portugal.
A cantora usou o perfil no Instagram e a conta do Twitter para fazer um alerta contra as queimadas que castigam a Floresta Amazónica. Madonna escreveu que os incêndios representam não só uma devastação para o Brasil, mas também para as populações indígenas e para a biodiversidade da região. A artista fez ainda um apelo a Bolsonaro.
Presidente Bolsonaro, por favor, mude as suas políticas e ajude não apenas o seu país, mas também o mundo inteiro. Nenhum desenvolvimento econômico é mais importante que proteger o mundo. Nós precisamos acordar. O futuro da floresta afeta o mundo todo", escreveu.
Os incêndios no Brasil aumentaram 82% nos primeiros oito meses deste ano, quando comparados com o mesmo período de 2018. Só este ano, já se registaram 71 497 fogosos neste ano, contra 39 194 no ano passado, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite.