Prisa quer concorrer aos dois concursos de TDT em Portugal - TVI

Prisa quer concorrer aos dois concursos de TDT em Portugal

Prisa

O administrador da Prisa na Media Capital Miguel Gil disse esta segunda-feira que o grupo está interessado nos dois concursos de Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal, admitindo que o mais provável será avançar em consórcio com outra empresa.

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«Estamos interessados nos dois concursos», afirmou à margem do debate Ágora, Iniciativa Transfronteiriça, que decorre entre esta hoje e terça-feira em Badajoz, Espanha.

Segundo o responsável, a Media Capital, «como quase todos os grupos interessados (na TDT), está a ponderar diferentes hipóteses, mas a configuração mais provável é concorrer em consórcio».

Por isso, adiantou, «todos (os grupos) têm falado com todos», sendo ainda «muito prematuro» avançar com planos definitivos.

A Media Capital foi uma das interessadas que apresentou propostas na consulta pública da TDT, cujo prazo terminou no dia 15, mas o administrador preferiu não avançar com pormenores.

Em causa está a atribuição de duas licenças, uma delas para um operador de distribuição de televisão de acesso não condicionado (que transmitirá os quatro canais generalistas RTP1, RTP2, SIC e TVI e que admite também o lançamento de novas estações em sinal aberto).

A segunda licença diz respeito à atribuição de cinco direitos de utilização de frequências TDT em regime pago, correspondentes a duas coberturas de âmbito nacional e a três coberturas de âmbito regional, sendo que o vencedor destas licenças será simultaneamente responsável pela rede de distribuição dos serviços.

Admitindo que a Prisa está «muito interessada em garantir o futuro da (rede de distribuição da Media Capital) RETI», Miguel Gil assumiu que, mesmo que o grupo que detém a TVI nao vença o concurso de TDT, a Prisa quer «que a RETI tenha uma utilidade no futuro».

O administrador avançou também Prisa quer manter a Media Capital em Bolsa, adiantando estar «a ponderar agora a hipótese de dispersar o capital (da empresa)».

A compra da totalidade da produtora NBP, concluída na semana passada e considerada por Miguel Gil como «muito importante para o futuro do grupo», vai possibilitar a entrada em outros mercados, disse o mesmo responsável.

«Nos países de língua portuguesa será mais fácil, mas claro que outros países também nos interessam», disse.
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