Melody Gardot fez da música a sua válvula de escape - TVI

Melody Gardot fez da música a sua válvula de escape

Melody Gardot - My One and Only

Nova diva do jazz norte-americano, Melody Gardot, actua pela primeira vez em Portugal, dia 27 de Julho

Melody Gardot actua na próxima segunda-feira no «Oeiras Sounds», nos Jardins do Marques de Pombal, em Oeiras, num concerto intimista e sentimental. É a primeira vez da norte-americana nos palcos portugueses.

À Agência Lusa, a cantora norte-americana confessa que actuar nos palcos portugueses será «como se estivesse em casa». Melody irá apresentar temas dos dois álbuns editados até agora, «Worrisome Heart», de 2008 e «My One and Only Thrill», de 2009.

O uso de elementos do Jazz, Blues e Folk nas composições e o tom suave ao cantar, faz-nos lembrar outras intérpretes como Norah Jones ou Diana Krall. Mas as semelhanças param por aí. A cantora diz que toda a história da sua vida dá-lhe uma outra perspectiva em relação à música e acrescenta que as suas canções são românticas e cinematográficas e que não se importa que isso seja um cliché.

Aos 19 anos, foi atropelada por um automóvel enquanto andava de bicicleta. Este evento, apesar de trágico, levou ao seu reconhecimento como artista notáveis. Para recuperar as suas antigas habilidades cognitivas o médico recomendou que fizesse o uso da música como terapia. Seguindo essa sugestão, Melody Gardot compôs e gravou algumas músicas quando ainda estava de cama, incapaz de caminhar. Como resultado, em 2005, lançou o EP intitulado «Some Lessons: The Bedroom Sessions».

«Foi o começo da minha vida», disse a cantora. O disco chamou a atenção da editora «Verve» que, três anos depois, lançou o seu primeiro álbum.

Hoje, aos 24 anos, Melody Gardot ainda vive com sequelas do acidente. Tem uma extrema sensibilidade à luz, o que a obriga a usar constantemente óculos escuros, mesmo em lugares com pouca iluminação, bem como uma bengala.

«É como se tivesse morrido aos 19 anos e voltasse aos 21. Sou uma nova pessoa», disse, ressalvando que não faz de si uma Joana d`Arc, uma heroína ou uma mártir por ter superado o acidente.

«O palco é a minha casa, é onde eu me sinto confortável. A música é uma língua universal e posso ter uma ligação espiritual com o público através dela», referiu ainda a cantora.

As redes sócias como Twitter, Facebook ou Flickr foram a forma que a cantora encontrou de se manter em contacto com o público. Melody confessa terem sido muito úteis para agradecer o apoio que lhe têm dado.
Continue a ler esta notícia