Belenenses-Sporting, 1-3 (destaques) - TVI

Belenenses-Sporting, 1-3 (destaques)

João Pinto simplesmente decisivo Liedson tentou de tudo, mas só ao cair do pano se cruzou com o golo. Por essa altura, já o melhor em campo tinha saído.

Quem disse que João Pinto perdeu o génio?

Aqui e ali lances de génio que desequilibraram. Apesar da forte marcação de Pelé e de Marco Paulo, a exibição de João Pinto valeu acima de tudo por desmarcações de colegas, quase sempre de Liedson, para situações de golo iminentes. Pedro Barbosa deu alguns toques na primeira parte, Sá Pinto voltou a não aparecer no jogo, Clayton mostrou-se esforçado e pouco mais do que isso, e sobressaiu a classe e o génio de João Pinto. O número 25 teve grandes pormenores e, quando se viu sem a marcação de Marco Paulo, libertou-se ainda mais e ainda se deu ao luxo de marcar um golo de cabeça. Não foi um golo qualquer. Valeu a vitória e o relançamento da luta do título para o próximo jogo com o F.C. Porto. Saiu a um minuto do final da partida brindado com uma grande ovação dos adeptos leoninos, que se levantaram para bater palmas ao número 25.

Liedson...tudo bem

É o melhor ponta-de-lança que o Sporting tem no plantel. Liedson já mostrou em vários jogos que apesar de ter aparência algo frágil é um jogador que desequilibra pela rapidez de execução, pela técnica e pelo esforço que emprega em cada jogada em que se envolve. E a verdade é que parece estar nos lances de maior perigo que o Sporting cria. Ainda na primeira parte, apareceu na cara de Marco Aurélio, e fez o chapéu quase perfeito, não fosse aparecer a trave no caminho da bola. Não desiste facilmente dos lances, corre às linhas laterais e finais para «agarrar» a jogada e ainda ajuda na defesa. Sabe jogar em ataque organizado e em contra-ataque. Foge da marcações melhor que ninguém. A diferença para os outros jogos é que esta noite ¿ em especial na segunda parte - mostrou-se mais perdulário e precipitado que o habitual. Ainda assim fez o gosto ao pé, mesmo ao cair do pano, depois de duas bolas na trave e um punhado de ocasiões perdidas.

Custódio habitual

Ficou mais uma vez sozinho na difícil missão de impedir a progressão da equipa adversária, neste caso o Belenenses, e mais uma vez não desapontou. Está feito um jogador de grande classe. Parece estar em todo o lado, desempenhando uma tarefa de sacrifício, e mostrando ainda forças para subir no terreno. Fez o passe para o golo de Sá Pinto e colocou a bola onde quis e como quis nos colegas mais avançados.

Marco Paulo, tudo bem e tudo mal

Do outro lado, esteve outro gigante, exactamente com as mesmas funções, mas ao contrário de Custódio, bem mais apoiado na missão de tapar os buracos no meio-campo azul. Marco Paulo mostrou raça e vontade de ser aposta de Augusto Inácio. O golo resultou de um remate de raiva, a mesma que mostrou nos festejos do tento. Jogou apoiado por Pelé, na tarefa de impedir que João Pinto e Pedro Barbosa voltassem a ser os melhores do Sporting. E conseguiu em parte, enquanto esteve em jogo, mas depois fez asneira. Num lance aparentemente inofensivo, ainda no meio-campo do Sporting, e já sabendo que tinha um cartão amarelo, Marco Paulo meteu a mão na bola e viu o segundo amarelo. Acabou expulso, prejudicou a equipa e estragou tudo o que de bom tinha feito até então. Não havia necessidade.

Centrais amarelados à beira de um ataque de nervos

Dois centrais. Os dois à beira do quinto cartão amarelo e consequente exclusão do jogo com o F.C. Porto na próxima jornada. Fernando Santos optou por colocar os dois em campo, sob pena perder os jogadores para o difícil embate do próximo fim-de-semana e o facto é que a defesa leonina ficou mais frágil. Polga e Beto jogaram «a medo» para não verem o cartão e a equipa ressentiu-se disso. No lance do golo do Belenenses, Beto para Sané e tudo ficou mais complicado. No final, o objectivo foi cumprido. Os dois poderão jogar contra o F.C. Porto. Uff!

Desencontro táctico

A partida começou muito táctica, mas acabou por ser um bom jogo de futebol. Muito devido às tácticas utilizadas pelos dois treinadores. Augusto Inácio apostou nos três centrais, reforçando a linha do meio-campo. Fernando Santos não surpreendeu e, em detrimento do meio-campo, apostou na habitual linha reforçada do ataque. Resultado: muitos espaços para jogar e um encontro divertido, com golos, emoção e casos à mistura. Enfim, um jogo animado.

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