ATM vai defender conclusão imediata da AG do BCP - TVI

ATM vai defender conclusão imediata da AG do BCP

BCP

A Associação dos Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM) vai defender na segunda-feira a conclusão imediata da assembleia-geral do BCP.

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Isto porque, segundo os mesmos, há um risco de impugnação desta reunião de accionistas, disse à «Lusa» o seu representante.

«Vamos defender o encerramento imediato da AG (assembleia-geral)», afirmou João Cordeiro, advogado da ATM, «para evitar qualquer risco de impugnação», e «vamos propor uma nova assembleia».

A ATM quer que a nova AG seja no mais curto prazo de tempo legal possível, ou seja, dentro de 45 dias a dois meses, esclareceu João Cordeiro.

A ATM vai representar um «número muito pequeno de accionistas», acrescentou o advogado, pelo que assumirá uma posição «simbólica». A sua intenção é defender que o princípio da confiança pode estar posto em causa se se avançar com a AG de segunda-feira, já que, no limite, os accionistas que estarão presentes na AG da próxima semana podem ser completamente diferentes daqueles que estiveram presentes na reunião de 6 de Agosto.

«Queremos evitar a incerteza de uma AG que tem todos os ingredientes para ser posta em causa juridicamente», referiu João Cordeiro, pois as consequências de uma impugnação posterior são «quase inimagináveis, quer para o BCP, quer para o mercado financeiro».

A assembleia geral extraordinária do BCP de 6 de Agosto foi suspensa pelo presidente da mesa da assembleia, até 27 de Agosto (próxima segunda-feira), devido a um problema informático que impossibilitava a contagem dos votos.

Esta reunião de accionistas era considerada essencial para solucionar conflito que opõe os grupos de apoiantes do presidente do conselho de administração do banco, Paulo Teixeira Pinto, e do fundador e presidente do conselho geral e de supervisão da instituição financeira, Jorge Jardim Gonçalves.

No início desta semana o maior accionista individual do BCP, Joe Berardo veio dizer que estava a estudar a possibilidade de vir a impugnar a AG de segunda-feira.

«Depois do que aconteceu na última assembleia, não sei se a assembleia tem validade ou não. Os advogados estão a tratar disso», adiantou o accionista que detém 6,8% do capital do BCP.

«Não percebo como é que uma assembleia que não tinha uma contagem de votos com eficácia podia continuar», disse ainda.
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