Liga Europa: Sporting-Rosenborg, 1-0 (crónica) - TVI

Liga Europa: Sporting-Rosenborg, 1-0 (crónica)

Bóia de Bolasie num mar de equívocos

O Sporting venceu o Rosenborg com um golo solitário de Bolasie e continua vivo na Liga Europa, mas a verdade é que os leões realizaram mais uma exibição confrangedora e tremeram em momentos cruciais do jogo, apesar do apoio intenso, ao longo de todo o jogo, do setor das claques proscritas. Valeu, assim, mais o resultado do que a exibição na única competição em que, nesta altura, a equipa de Silas pode ambicionar chegar mais longe.

FICHA DO JOGO

Silas promoveu sete alterações no onze em relação ao desastre de Alverca e o Sporting até entrou bem no jogo, com quinze minutos de bom nível e uma série de boas oportunidades, com destaque para um livre de Bruno Fernandes à trave. Antes disso, Luiz Phellype e Vietto também contaram com boas oportunidades a passes de Acuña.

Mas os bons sinais foram-se desvanecendo. O ritmo de jogo baixou de forma confrangedora e os leões deixaram de conseguir evoluir no terreno a partir de trás. O Rosenborg ganhou confiança, subiu em bloco e pressionava logo junto à zona de construção dos leões que começaram a evidenciar a tremedeira que tem marcado esta temporada. Pelo meio, mais uma bonita homenagem a Rui Jordão, com as luzes dos telemóveis a oferecem uma bonita imagem das bancadas. 

No relvado, a bola ia de uma ala a outra, passando sistematicamente pelos centrais, mas os leões não conseguiam sair dali, não ganhavam um metro de terreno perante a pressão das camisolas rosa. Pior do que isso, cometiam erros atrás de erros. Coates, com um passe mal medido, quase permitiu que Jensen abrisse o marcador. Logo a seguir, na sequência de um pontapé de canto, o central uruguaio, na tentativa de um alívio, atirou contra um companheiro e a bola foi à trave. O Sporting tremia. 

Abanava por todos os lados nesta altura e, até ao intervalo, só chegou mais uma vez à área de Hansen, sem perigo. Transpirava insegurança por todos os poros e os noruegueses sentiam isso, ganhavam confiança e subiam no terreno. O nulo ao intervalo acaba por ser lisonjeiro para o Sporting que, mesmo com uma exibição triste, não se pode queixar de falta de apoio, uma vez que os adeptos, principalmente os que estavam no setor das claques, não se cansaram de apoiar.

Ovação para Pedro Mendes e Bolasie levanta as bancadas

No segundo tempo, Bruno Fernandes subiu no terreno, Vietto descaiu mais para a esquerda e o Sporting melhorou a olhos vistos. Os leões tinham mais posse de bola nesta altura, consigam rodá-la com maior velocidade e, talvez mais importante, obrigavam o Rosenborg a defender no seu meio-campo. Bolasie apareceu finalmente no jogo, arrancando um, dois, três cruzamentos da direita. Ainda assim, quando perdia a bola, a equipa voltava a afundar-se numa passividade que fazia aflição.

Mas a verdade é que o leão estava melhor e a pressão do Rosenborg estava agora bem mais ténue. A minuto 64 a maior ovação da noite quando Pedro Mendes foi chamado para substituir o apagado Luiz Phellype. Os leões ganhavam alento e, cinco minutos depois, chegavam ao ambicionado golo, com um pouc de sorte diga-se. Vietto rematou contra um adversário, a bola ganhou altura e Bolasie cabeceou. Um lance confuso em que a bola ainda sofreu um desvio em Hovland e acabou por trair Hansen. As bancadas quase vieram abaixo.

Mas ainda faltavam vinte minutos para o final e o Sporting não estava assim tão bem. Mais um erro de Coates [mais uma noite para esquecer] e Konradsen esteve muito de perto de empatar. O resultado esteve em aberto até final, com os noruegueses a ameaçarem o empate, principalmente em lances de bola parada, por diversas vezes.

Uma vitória sofrida, com a equipa espremida ao máximo, mas o Sporting destaca-se no segundo lugar, com seis pontos, menos um do que o PSV e mais dois do que o LASK. Está na luta.

 

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