Erdogan reivindica vitória nas eleições turcas - TVI

Erdogan reivindica vitória nas eleições turcas

  • MM
  • 25 jun 2018, 00:32

No discurso em que se assumiu como vencedor, Recep Tayyip Erdogan admitiu estar perante resultados não oficiais

 O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reivindicou este domingo a vitória numas eleições presidenciais e legislativas renhidas, perante uma oposição determinada a impedi-lo de obter um novo mandato de cinco anos com poderes consideravelmente reforçados.

Os resultados não oficiais das eleições são claros. Segundo eles, a nossa nação confiou-me a responsabilidade de ser Presidente da República”, disse Erdogan, numa declaração a partir da sua residência, em Istambul, antes de a contagem dos votos estar concluída, reivindicando também a maioria parlamentar para a aliança dominada pelo seu partido, o AKP.

Segundo a agência de imprensa estatal Anadolu, Erdogan obteve 52,8% dos votos, quando estão contados quase 95% dos votos, e a aliança do AKP recolheu 53,82%.

A declaração de vitória de Erdogan surgiu depois do principal partido da oposição, o CHP (social-democrata), ter afirmado que a sua própria contagem dos resultados parciais indica que é inevitável uma segunda volta das presidenciais.

Mesmo antes da proclamação do chefe de Estado, os apoiantes já tinham começado a celebrar a vitória agitando bandeiras turcas nas ruas de Istambul e, após as suas declarações, eram audíveis buzinas de automóveis, segundo a agência francesa AFP no local.

A Turquia, com uma taxa de participação de perto de 90%, deu uma lição de democracia ao mundo inteiro”, afirmou Erdogan.

O Presidente turco convocou em abril estas eleições presidenciais e legislativas antecipadas inicialmente previstas para novembro de 2019.

O duplo escrutínio é particularmente importante, porque assinala a passagem do sistema parlamentar em vigor para um sistema presidencial em que o chefe de Estado concentra a totalidade do poder executivo.

Erdogan defende a necessidade de tal medida para garantir a estabilidade na cúpula do Estado, mas os seus opositores acusam-no de querer monopolizar o poder com esta transformação.

Continue a ler esta notícia