II Round entre FC Porto e Santa Clara teve desfecho semelhante ao do último domingo: vitória portista.
As diferenças maiores estiveram nos protagonistas e no resultado final. Diogo Leite marcou o único golo dos dragões e carimbou o triunfo no arranque do grupo D da Taça da Liga.
Por norma, aprendemos com os golpes que levamos ou com os erros que cometemos. Também acontece, aprendermos com uma luta que perdemos e mesmo assim somos capazes de a voltar a perder. Ora porque o adversário é mais forte e melhor que nós, ora porque simplesmente ainda não estamos preparados para o encarar mano a mano.
Os açorianos aprenderam com a derrota e mostraram-se melhores. Porém, não deixaram de ser o miúdo franzino, ágil e com capacidade de ripostar alguns dos golpes que leva. O Santa Clara teve momentos bons no Dragão, mas acabou derrota pelo maior poderio azul e branco mesmo em regime de poupança.
FICHA E FILME DE JOGO
Sérgio Conceição deixou apenas Pepe e Manafá em relação ao último duelo ou combate, se o leitor preferir. Promoveu a estreia de Fábio Silva a titular – o mais jovem de sempre a jogar de início. João Henriques seguiu a mesma linha e apenas Fábio Cardoso e César repetiram a titularidade.
O também estreante André Ferreira foi chamado a intervir logo aos três minutos. Culpa de Nakajima, diga-se. O japonês queria mostrar serviço e voltou a tentar o golo logo de seguida (7m).
Porém, a melhor oportunidade da primeira meia hora teve assinatura insular. O Santa Clara conseguiu jogar no campo todo mais vezes e as oportunidades surgiram, naturalmente. Schettine isolou Pineda, mas o extremo atirou ao lado na cara de Diogo Costa. O internacional por El Salvador não teve o acerto necessário para marcar tal como não o teve Lucas Marques (22’).
À meia hora o FC Porto melhorou. Começou a ganhar mais duelos e consequentemente recuperou mais bolas no meio-campo ofensivo com Mbemba em destaque. Baró e Nakajima, bem por dentro do bloco contrário, começaram a ter mais bola e os portistas foram mais perigosos. Soares obrigou André Ferreira a defesa apertada (32m) e, mais tarde, Diogo Leite ameaçou o empate (41m).
Em seis minutos o jovem defesa portista esqueceu as ameaças e golpeou o adversário. Enquanto Conceição esbracejava a opção de Bruno Costa em não colocar a bola na área, Telles desmarcou Nakajima. O japonês livrou-se de um adversário e serviu de bandeja Leite para o golo.
A vantagem azul e branca aceitava-se perante um Santa Clara perigoso. A prova do perigo insular manteve-se no arranque da segunda parte com Schettine em evidência. O avançado falhou a baliza em dois golpes de cabeça, um deles em plena pequena área depois da única falha de Diogo Costa (59m e 60m).
João Henriques arriscou tudo na procura do empate: lançou Ukra, Bruno Lamas e Evouna. Embora o Santa Clara tenha corrido o riscos, acabou por ser o FC Porto a estar mais perto do 2-0.
Baró ameaçou o golo em duas ocasiões antes de se lesionar e deixar o relvado em lágrimas. A saída do internacional jovem português significou o fim das oportunidades de golos.
Ainda que o Santa Clara nunca tenha desistido – somou livres junto da área portista – a vitória não fugiu ao FC Porto.
FC Porto vence o primeiro jogo na Taça da Liga quatro anos depois. Estes «meninos» não cheiram a Leitinho e batem-se como gente grande. O Santa Clara que o diga.