Novo jornal «Público» em Espanha - TVI

Novo jornal «Público» em Espanha

  • Portugal Diário
  • 26 set 2007, 11:14

Primeira manchete é sobre a ETA. Assume-se como progressista e não terá editoriais

Uma investigação sobre a ETA, centrada nomeadamente sobre «o verdadeiro número um» da organização basca, Javier López Peña, é a primeira manchete do diário «Público», novo jornal espanhol colocado à venda nesta quarta-feira, informa a agência Lusa.

Marcado pela cor (e com um novo logótipo idêntico ao Público português), o novo jornal, da empresa Mediapro, aposta na «leitura fácil» e inclui um descartável dedicado à apresentação dos seus objectivos e de toda a equipa que o produz, incluindo fotografias de responsáveis e jornalistas. Declarando-se progressista, e sem editoriais, o jornal inclui uma forte componente de cartoons, apostando ainda em desenvolver, logo nas primeiras páginas, os temas com chamada à capa.

Apesar da ausência de editoriais, o director do jornal, Ignacio Escolar, assina logo na página três uma curta coluna de opinião, «O primeiro título da primeira página» em que lamenta o facto de ainda não ser possível ter uma manchete a dizer «ETA depõe as armas».

Com 64 páginas e apostando na cor, tanto nas imagens como na infografia, o jornal custa 50 cêntimos nas edições de segunda a sábado e um euro no domingo.

Conduzido por Ignacio Escolar, de 31 anos, e dirigido a todos os públicos, o jornal começa com uma promoção de seis DVDs grátis, todos eles «obras de grande conteúdo informativo».

Inovador é o caderno central descartável em que o jornal se quer apresentar, e que inclui até primeiras páginas alternativas que poderiam ter sido escolhidas para a primeira edição.

«O Público pretende ser acima de tudo um reflexo de um jornalismo independente, intermediário, verdadeiro entre os factos e os leitores, aberto desde o primeiro dia à participação cidadã», escreve na apresentação do caderno.

Na contracapa da edição de estreia, o assunto dominante é sobre o futuro de Ronaldinho do Barcelona, com o jornal a considerar que a equipa catalã sente que o brasileiro «nunca será como antes» e que Ronaldinho «cada vez mais em baixo, procura uma saída».
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