A SAD do Benfica foi esta segunda-feira constituída arguida no caso E-Toupeira, confirmou o Maisfutebol junto de fonte da Procuradoria-Geral da República.
Sob investigação estão as suspeitas da existência de uma rede montada por Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, junto de funcionários judiciais para que estes, em troca de contrapartidas, recolhessem informações sobre processos judiciais que envolvem o clube da Luz e os seus rivais.
Entretanto, o Benfica já reagiu à notícia através de uma nota à comunicação social.
O Conselho de Administração da SAD do clube da Luz defende que esta decisão da PGR é ilegal e inconsitucional e salienta não ter qualquer ligação aos atos imputados a funcionários judiciais e a Paulo Gonçalves. Com efeito, o Benfica pediu o afastamento do magistrado e anunciou que vai avançar «com a imediata impugnação« da sua constituição como arguida.
De referir que os administradores da SAD do Benfica Domingos Soares de Oliveira e Nuno Gaioso Ribeiro estiveram hoje a prestar declarações no Ministério Público.
As autoridades investigam no caso E-Toupeira crimes de corrupção activa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsificação informática e favorecimento pessoal.
São arguidos conhecidos, além da SAD dos encarnados, Paulo Gonçalves (assessor jurídico do Benfica), Júlio Loureiro (oficial de Justiça), Óscar Cruz (empresário de futebol), José Ribeiro (um outro funcionário judicial já reformado) e José Silva, funcionário judicial dos tribunais de Guimarães e Fafe, que é o único em prisão preventiva.