Crise das Sub-Prime aumenta riscos de litígios - TVI

Crise das Sub-Prime aumenta riscos de litígios

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A Marsh, empresa de corretagem de Seguros e Consultoria de Riscos, está a alertar o sector financeiro europeu para a exposição de um aumento de risco de queixas no que diz respeito a Responsabilidade Civil de Administradores e Directores (D&O), e em erros e omissões (E&O).

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Este aumento do risco tem a sua origem na crise de hipotecas sub-prime nos Estados Unidos, diz a empresa em comunicado.

As taxas de juros mais elevadas e a descida dos preços das casas contribuíram para que muitas pessoas que têm empréstimos de alto risco, como é o caso daqueles que possuem hipotecas sub-prime, estejam a deixar de pagar os seus créditos.

Esta situação, e o relaxamento dos requisitos para a concessão de hipotecas, «conduziu à falência de várias entidades financeiras especializadas em empréstimos hipotecários, e também a um maior controlo por parte dos Organismos Reguladores», acrescentam.

Ao trabalhar com instrumentos de investimento financeiro que não param de crescer em todo o mundo, (Collateralised Debt Obligations (CDO), Collateralised Loan Obligations (CLO) e Mortgage Backed Securities (MBS)), a preocupação nos mercados europeus e internacional está a aumentar pelo impacto que esta situação pode ter nos investimentos em activos americanos.

Um possível aumento de litígios no que respeita a Responsabilidade Civil de Administradores e Directores (D&O) e em Erros e Omissões (E&O) inclui, «processos legais dos prestamistas contra os Bancos, processos legais dos accionistas contra os prestamistas, contabilistas, administradores de fundos fiduciários e subscritores, processos legais das seguradoras contra os prestamistas, processos legais dos investidores contra os administradores de fundos, processos legais dos administradores de fundos contra prestamistas e subscritores em nome dos investidores e processos legais de investidores individuais.

Para o Vice-presidente da Especialidade de Instituições Financeiras da Marsh, Siobhan O¿Brien, «o sector financeiro europeu está cada vez mais consciente das implicações desta crise fora dos Estados Unidos. Alguns bancos europeus congelaram determinados fundos, e a Comissão Europeia anunciou que irá rever a maneira que têm de trabalhar as empresas de avaliação de crédito, uma vez que a informação prestada aos clientes sobre a crise hipotecária nos Estados Unidos foi insuficiente», salienta.

«Por outro lado, o aumento do controlo por parte das autoridades reguladoras poderia levar ao crescimento do número de processos legais por parte dos accionistas e daqueles que pedem empréstimos», remata.
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