Contração da atividade económica reflete o impacto da pandemia Covid-19 que já se fez sentir significativamente no último mês do trimestre. Mesmo assim, o Produto Interno Bruto desce 2,3% no primeiro trimestre de 2020, após o aumento de 2,2% no trimestre anterior e e menos que melhor espetativa divulgada a 15 de maio pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A contração da atividade económica refletiu o impacto da pandemia Covid-19 que se fez sentir de forma significativa no último mês do trimestre", refere o INE.
As razões estão à vista: o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB passou de positivo no 4º trimestre a negativo (de 1,1 pontos percentuais (p.p.) para -1,3 p.p.), observando-se uma diminuição mais intensa das Exportações de Bens e Serviços (-4,9%) que a observada nas Importações de Bens e Serviços (-2,0%).
Também a "procura interna apresentou um contributo negativo (-1,1 p.p.), pela primeira vez desde o 3º trimestre de 2013, em resultado da diminuição do consumo privado e do Investimento."
Comparativamente com o quarto trimestre de 2019, o PIB diminuiu 3,8% em termos reais (variação em cadeia de +0,7% no trimestre anterior), verificando-se um contributo negativo da procura externa líquida (-1,8 p.p.) para a variação em cadeia do PIB, após ter sido positivo (1,5 p.p.) no trimestre anterior. A procura interna registou um contributo mais negativo que no trimestre anterior, passando de -0,7 p.p. para -2,0 p.p. no 1º trimestre.
Projeções Macroeconómicas para a Economia Portuguesa
Instituições | Conselho Finanças Públicas (out19) | OCDE (nov19) | Ministério das Finanças (dez19) | BdP (mar20) | FMI (abr20) | CE (mai20) |
PIB | 1,7% | 1,8% | 1,8% | -3,7% | -8% | -6,8% |