Mora (Rio Ave): um aventureiro por definição - TVI

Mora (Rio Ave): um aventureiro por definição

Um guarda-redes que adora o futebol e o sentido de conquista

Esta é uma história diferente. Chama-se Miguel Mora Morales e nasceu em Barcelona. Um catalão, portanto. Como todos os catalães traz o sentido de aventura na pele e o mapa-mundo na mente. «Eu gosto muito de conhecer novas mentalidades, novas culturas». O futebol foi o caminho mais curto que encontrou para realizar esse desejo premente. «O futebol para mim é uma aventura». Ou quase. «Quer dizer, futebol é sério, é a nossa vida, mas o que vem por detrás é uma aventura», corrige. «Por isso vim para Portugal. Quis sair de Espanha e partir à conquista. Descobrir outros idiomas, outras culturas, outras maneiras de estar. Deixei o meu país há três anos e acho que já o devia ter deixado antes. Gosto desta aventura».

O desejo de experimentar novas mentalidades trouxe-o para a Madeira. Para trás ficou o sonho de menino de blaugrana ao peito. «O Barcelona impressiona sempre um miúdo de 10 anos que adora o futebol. Tens tudo naquele clube. Com dez anos és tratado como um jogador profissional. Foi importante para uma criança como eu e agradeço muito ter estado aqueles anos no Barcelona». Mas chegou uma altura em que aquele sonho não tinha mais para onde crescer. «Com 13 ou 14 anos já tinha a ideia de sair de casa. Uma vez disse-o a um treinador quando ele me perguntou porque queria ser jogador. Ele mandou-me ter juízo. Disse que ainda era muito novo. Era o mais lógico. Para mim e para a minha família, que é sempre muito importante».

Mas não aguentou muito mais. «Aos dezassete parti para Lérida». Correu uma série de clubes secundários até que chegou a hipótese de vir para Portugal. O União abriu-lhe as portas. «A Madeira foi uma experiência fantástica. Adorei a ilha, adorei o clima, adorei ter os meus pais a telefonar e responder-lhes que estava na piscina. Mas quando estás muito tempo rodeado de água ficas maluco. Aquilo sufocava-me».

Daí o salto para o Rio Ave, e particularmente para Vila do Conde. «Não podia perder mais esta experiência. Pelo que representa a Superliga e pelo que representa uma nova região dentro de Portugal». O futuro é sempre uma incógnita mas Mora, com 29 anos, diz que ainda há muito para conhecer. «Gostava de permanecer por aqui mais um ou dois anos e depois experimentar Inglaterra ou Itália». Mas nunca se pode fazer planos a longo prazo. «O futebol é muito incerto. O meu empresário sabe que não teria qualquer problema em partir para outro país ou outro continente. Só preciso que haja convites».

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