Greve: Hospital Santa Maria «normal», diz ministro

O ministro da Saúde afirmou ter constatado, numa visita ao Hospital de Santa Maria, Lisboa, que aquela unidade de saúde está a funcionar normalmente, apesar da greve geral, que disse ter apenas paralisado os blocos operatórios.

«Está tudo a funcionar como deve funcionar, os cidadãos estão a ser assistidos», disse Correia de Campos à Lusa, após uma visita às urgências e à consulta externa do hospital, escolhido por ser «o maior do país». Há menos utentes a recorrer aos serviços, o que atribuiu ao facto de os doentes saberem que há greve geral. Apenas os blocos operatórios não estão a funcionar, mas as operações que ficarem por realizar serão marcadas «para os próximos dias».

«Hoje temos talvez um quarto das pessoas que costumamos ter a esta hora», disse à Lusa um funcionário do balcão de informações, adiantando que muita gente optou por não se deslocar ao hospital, já prevendo as consequências da greve. Uma outra funcionária adiantou que estavam encerradas as consultas de psiquiatria, cirurgia plástica e a parte administrativa de neurologia.

Quanto à adesão à greve na área da Saúde, Correia de Campos afirmou não haver ainda números, já que só no próximo mês, quando se proceder aos pagamentos dos vencimentos, se saberá quantos funcionários aderiram. Rejeitou os dados avançados pelos sindicatos, que disse serem «sempre fantasiosos».

Pouca adesão em Leiria

A greve geral não foi muito visível nas escolas da cidade de Leiria e muitos dos alunos nem sequer sabiam porque é que alguns professores haviam faltado às aulas. «Eu nem sabia que era greve. Uma pessoa acorda às 08:30 e depois fica aqui de papo para o ar, mais valia ter ficado a dormir», desabafou Pedro Duarte, do 11º ano da Escola Secundária Rodrigues Lobo, em declarações à agência Lusa.

Segundo dados parciais divulgados às 14h no site da Federação Nacional dos Professores, pelo menos seis escolas de Leiria ficaram hoje fechadas devido à greve geral.