O bebé que foi arrancado à força da barriga da mãe que estava no final da gravidez e foi estrangulada, antes de lhe ser retirada a criança do ventre, não resistiu às sequelas do parto.
Yovanny Jadiel Lopez morreu esta sexta-feira. Estava nos cuidados intensivos desde o dia 23 de abril, data em que a mãe, ainda grávida, fora vista pela última vez, no condado de Cook, Chicago. Marlen Ochoa-Lopez esteve desaparecida durante quase três semanas: o desaparecimento foi comunicado pela família às autoridades a 24 de abril mas o corpo da jovem só foi encontrado a 14 de maio.
A família esperava que o recém-nascido recuperasse, uma vez que, já no hospital, chegou a abrir os olhos ao colo do pai. Porém, o bebé ficou com problemas cerebrais graves e o seu estado tinha piorado substancialmente no início desta semana. "Ele sofreu danos cerebrais irreversíveis. Nenhum medicamento, nenhum comprimido pode curar isso. Só um milagre", disse à CNN Julie Contreras, porta-voz da família Ochoa-Lopez.
Marlen Ochoa-Lopez foi atraída a casa de uma mulher a troco da oferta de roupas para o bebé. Foi então estrangulada e o bebé foi-lhe retirado numa cesariana improvisada. O corpo foi descoberto num caixote do lixo da casa de Clarisa Figueroa, de 46 anos, que terá sido ajudada pela filha de 24 anos, Desiree Figueroa, a cometer o crime. O namordo de Clarisa Figueroa, Piotr Bobak, de 40 anos, está acusado de ocultar o homicídio. Os três vão ser presentes a tribunal no próximo dia 26 de junho.
De acordo com o procurador do Estado de Chicago, Desiree Figueroa distraiu a jovem grávida com um álbum de fotografias e a mãe aproveitou o momento para enrolar um cabo à volta do pescoço de Marlen, estrangulando-a. Com a jovem morta, a mulher cortou-lhe a barriga e retirou o bebé. Depois, ligou para o número de emergência dizendo que tinha dado à luz mas que a criança não estava a respirar.
Clarisa e o bebé foram então hospitalizados, ainda que a mulher não mostrasse qualquer sinal de ter acabado de dar à luz.
A polícia acredita que as suspeitas terão planeado o ataque durante meses. As motivações para o crime ainda não são conhecidas, mas a polícia de Chicago admite que Clarisa Figueroa queria criar o bebé e apresentá-lo como se fosse dela.