A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois homens suspeitos de uma vaga de assaltos violentos a casas, sobretudo na grande Lisboa, de que terão resultado duas mortes. A TVI sabe que há um terceiro detido, indiciado pela recetação dos produtos roubados.
Em comunicado, a PJ explicou que estes três homens estão indiciados pelos crimes roubo agravado, sequestro, homicídio, recetação e detenção de arma proibida.
A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, na sequência de uma operação policial realizada no passado sábado pelas secções de investigação de roubos e de homicídios, localizou, identificou e deteve três homens, de 48, 28 e 27 anos, fortemente indiciados pela prática de crimes de roubo agravado, sequestro, homicídio, recetação e detenção de arma proibida", lê-se no comunicado.
Numa das situações, ocorrida a 9 de setembro, em Cascais, a vítima mortal era um coronel do exército na reforma.
Mário Pinto de Almeida, de 90 anos, vivia com a mulher, de 88, num apartamento no Bairro das Caixas, onde foram atacados pelos dois assaltantes a meio da tarde.
O crime terá ocorrido pelas 16:00, tendo o idoso sido brutalmente agredido, enquanto a mulher foi trancada na casa de banho. O alerta foi dado horas mais tarde, por uma pessoa próxima da vítima que terá ouvido gritos da mulher que se enocntrava fechada.
Os bombeiros chegaram já depois das 21:00 e encontraram a professora reformada consciente e com ferimentos, de que recuperou no hospital. Quanto ao marido, estava prostrado no chão, em paragem cardiorespiratória irreversível.
O caso foi entregue à PJ de Lisboa, que em menos de um mês identificou e prendeu os dois suspeitos, na madrugada do último sábado. A par de um terceiro elemento, cúmplice pela recetação de bens roubados.
Posteriormente aos assaltos, o produto dos mesmos era entregue ao terceiro detido, o qual faz da recetação de objetos furtados ou roubados, o seu modo de vida habitual", esclarece o documento.
A TVI sabe que há um segundo caso de morte de uma vítima, em circunstâncias muito parecidas às do crime de Cascais, e a PJ acredita que podem ter sido os mesmos autores. Respondem ainda por uma série de outros assaltos a casas com contornos de grande violência.
Nas diligências realizadas, a PJ apreendeu, entre outros bens, "uma elevada quantidade de objetos em ouro, numerário, produto estupefaciente e uma arma de fogo ilegal e devidamente municiada".
Todos os suspeitos têm antecedentes pela prática de crimes idênticos, sendo que um deles já esteve preso num país estrangeiro.
Vão ser presentes esta segunda-feira a primeiro interrogatório judicial, para conhecer as medidas de coação que lhes vão ser aplicadas.
Por esclarecer continua o homicídio de um empresário num condomínio de luxo em Tróia, no último dia 23, também num cenário de aparente assalto.
A TVI sabe que está descartada a hipótese de relação com a vaga de crimes agora esclarecidos na grande Lisboa.