Onze contabilistas suspeitos de falsificar declarações por pressão dos bancos - TVI

Onze contabilistas suspeitos de falsificar declarações por pressão dos bancos

Paula Franco, Bastonária da Ordem dos Contabilistas, em declarações à TVI24 disse que os contabilistas "não fazem jeitinhos" e que as regras das linhas de crédito existem para serem cumpridas

A Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) encontrou pelo menos 11 casos de contabilistas que terão violado os regulamentos da Ordem, depois de terem sido pressionados pelos bancos para falsificar declarações de faturação de empresas. 

Esses documentos iriam permitir que estas empresas pudessem aceder, indevidamente, a linhas de crédito do Estado, através da apresentação de um aumento de perdas de faturação que, na verdade, não tinham existido. 

Paula Franco, Bastonária da Ordem dos Contabilistas, em declarações à TVI24 disse que os contabilistas "não fazem jeitinhos" e que as regras das linhas de crédito existem para serem cumpridas.

As linhas covid têm regras, regras essas que têm de ser cumpridas. Os contabilistas não fazem jeitinhos, os contabilistas prestam contas de forma rigorosa e isso é, sem dúvida, o mais importante", disse. 

A bastonária reforçou que os contabilistas não podem ceder a pressões e que têm o apoio da Ordem para que isso não aconteça.

Os contabilistas não podem, nem devem, ceder a pressões para alterar resultados, ou alterar contas, porque a profissão dos contabilistas certificados é demasiado importante para o país"

 

Salientamos que a pressão é muito grande e que tem de deixar de existir. O contabilista certificado tem a Ordem do lado dele para o ajudar a não ceder a pressões", acrescentou. 

A OCC já encaminhou os processos para o Conselho Jurisdicional e apresentou queixa junto do Ministério Público, devido às pressões que os bancos exercem sobre estes profissionais. 

Paula Franco esclareceu ainda que os contabilistas, os empresários e os funcionários dos bancos podem estar a incorrer em vários crimes uma vez que falsificaram documentos e interferiram com dinheiros públicos. 

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