O ministro da Defesa disse, esta quarta-feira, em Bogotá, que «o sistema funcionou na normalidade» quando os caças F-16 portugueses intercetaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo sob jurisdição de Portugal.
Dado que os aviões militares russos «não estavam a fazer a sua circulação nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional», o comando da NATO «solicitou a intervenção dos F-16» que «estão sempre em prontidão na Base de Monte Real», em Leiria, explicou José Pedro Aguiar-Branco, que se encontra em Bogotá para estabelecer relações bilaterais com a Colômbia e abrir novas oportunidades de negócio para empresas portuguesas na área da Defesa.
«Significa que o sistema funcionou na sua normalidade», disse o governante, sublinhado e esclarecendo que a interceção «não foi em espaço aéreo nacional», mas sim «em espaço aéreo sob jurisdição nacional».
Segundo o ministro, «foram acionados os mecanismos normais sob comando da NATO» e os caças F-16 «saíram para a missão de interceção e identificação» dos aviões militares russos, que, entretanto, «se desviaram e, por isso, não houve necessidade de outro tipo de missão» e os aviões portugueses regressaram à Base de Monte Real.
«A situação, com certeza, será objeto de avaliação por parte da NATO» e será no âmbito da NATO que «serão tomadas as medidas necessárias para acautelar este tipo de situações», disse Aguiar-Branco, insistindo: «O que importa deixar muito claro é que o sistema funcionou».
Aguiar-Branco explicou que a Força Aérea Portuguesa (FAP) está a cumprir uma missão de policiamento aéreo no Báltico e, no âmbito desta missão, «houve uma interceção no espaço aéreo respetivo por caças portugueses».
«Esta situação [de quarta-feira] é distinta da que ocorreu em espaço sob jurisdição portuguesa e também sob comando da NATO» no Báltico, esclareceu.