Sonda Parker bate recorde de maior aproximação ao Sol - TVI

Sonda Parker bate recorde de maior aproximação ao Sol

Sonda Parker Solar Probe

Engenho espacial superou o recorde de 43 milhões de quilómetros estabelecido em 1976 pelo Helios-2

A sonda espacial Parker Solar Probe, da NASA, está mais perto do Sol do que qualquer outro aparelho similar alguma vez conseguiu, estando previsto que nos próximos sete anos consiga chegar ainda mais perto.

A sonda superou na segunda-feira o recorde de 43 milhões de quilómetros estabelecido pelo Helios-2 em 1976 e vai continuar a aproximar-se do Sol até voar pela coroa pela atmosfera exterior pela primeira vez, na próxima semana, passando a 24 milhões de quilómetros da superfície solar.

 

A aproximação final que se espera da Parker em relação à superfície do Sol deverá ser de 6,2 milhões de quilómetros e e está planeada para 2024.

Lançada a 12 de agosto, a sonda espacial está a caminho de estabelecer um outro recorde no dia de hoje. Vai bater o recorde de velocidade do Helios-2 de 247.000 quilómetros por hora.

"Faz apenas 78 dias que a Parker Solar Probe foi lançada e agora chegámos mais perto da nossa estrela do que qualquer outra sonda espacial da história", referiu Andy Driesman, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, nos EUA. "É um momento de orgulho para a equipa, embora permaneçamos focados no nosso primeiro encontro solar, que começa a 31 de outubro", acrescentou.

O primeiro encontro solar da Parker Solar Probe começa já na quarta-feira, quando estiver a voar cada vez mais perto da superfície do Sol até atingir o primeiro periélio (ponto da órbita em que está mais próximo do Sol) a 5 de novembro. A sonda deverá enfrentar condições brutais de calor e radiação neste período.

 Aproximando-se do Sol mais do que qualquer sonda espacial da história, o objetivo principal da Parker Solar Probe é desvendar os mistérios da estrela, especialmente a atmosfera fora do comum da superfície. Para tal, a sonda é protegida por um escudo composto de carbono de uma dúzia de centímetros de espessura que deve proteger os instrumentos científicos que transporta de uma temperatura de quase 1,4 mil graus centígrados. Dentro da sonda, no entanto, a temperatura deve ser de apenas 29 graus.

Quando estiver perto do Sol, a sonda Parker percorrerá o equivalente a uma viagem entre Tóquio, no Japão, e Nova Iorque, nos EUA, num minuto, a uma velocidade de 700 mil km/hora, o que também a torna o aparelho mais rápido já construído pelo homem.

A coroa do Sol não é apenas 300 vezes mais quente que a sua superfície, mas também emite plasmas poderosos e partículas de energia que podem libertar tempestades geomagnéticas espaciais, causando estragos na Terra ao interromper a rede elétrica.

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