Souto de Moura desenha capela para primeiro pavilhão do Vaticano na Bienal de Veneza - TVI

Souto de Moura desenha capela para primeiro pavilhão do Vaticano na Bienal de Veneza

  • ALM com Lusa
  • 25 jan 2018, 19:07
Eduardo Souto de Moura recebe «Nobel» da Arquitetura (EPA/Abir Sultan)

Nascido em 1952, venceu o Prémio Pritzker 2011 - considerado o Prémio Nobel da arquitetura - e assinou, entre outros projetos, o Estádio Municipal de Braga, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança

O arquiteto Eduardo Souto de Moura é um dos dez convidados para a conceção do primeiro pavilhão do Vaticano, na Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorre de 26 de maio a 25 de novembro, anunciou hoje a Santa Sé.

O Conselho Pontifício da Cultura informou, em comunicado, que o Vaticano vai marcar presença na 16.ª edição da mostra internacional, com um pavilhão na ilha de San Giorgio Maggiore, através da construção de dez capelas projetadas por arquitetos de diversas partes do mundo, entre os quais também se encontra o britânico Norman Foster.

O prémio Pritzker português junta-se assim aos arquitetos Carla Juaçaba, do Brasil, Smiljan Radic, do Chile, Javier Corvalán, do Paraguai, ao atelier Prats & Ricardo Flores, de Espanha, a Sean Godsell, da Austrália, Andrew Berman, dos Estados Unidos da América, Teronobu Fujimori, do Japão, e Francesco Cellini, de Itália, além de Norman Foster, do Reino Unido.

Nascido em 1952, Eduardo Souto de Moura, vencedor do Prémio Pritzker 2011 - considerado o Prémio Nobel da arquitetura -, assinou, entre outros projetos, o Estádio Municipal de Braga, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.

Em 2016 foi premiado pela X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU), que decorreu em Madrid, "pelo importante contributo do seu ensino em universidades de diversos países", e recebeu em 2017 o Piranesi Prix de Rome 2017, um prémio de carreira atribuído pela Academia Adrianea de Arquitetura e Arqueologia Onlus, em Roma.

A inspiração para o pavilhão da Santa Sé, segundo o Conselho Pontifício da Cultura, será a “Capela no Bosque”, construída em 1920 por Gunnar Asplund, no cemitério de Estocolmo.

O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, é o promotor do projeto, que tem curadoria de Francesco Dal Co, historiador italiano de arquitetura.

De acordo com o sítio 'online' Archdaily, plataforma internacional dedicada à arquitetura, os arquitetos vão projetar dez capelas, em cuja construção vai ser tida em consideração a possibilidade de as reutilizar depois da mostra.

As estruturas serão colocadas num "ambiente natural e abstrato, metáfora do peregrinar da vida".

O Vaticano vai apresentar oficialmente o projeto da Santa Sé para Veneza em abril.

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