"Confinar não pode ser álibi para parar ou adiar a democracia". O apelo ao voto de Marcelo - TVI

"Confinar não pode ser álibi para parar ou adiar a democracia". O apelo ao voto de Marcelo

Ao lembrar a grande adesão ao voto antecipado em mobilidade no dia 17 de janeiro, Marcelo pediu aos portugueses que mantenham esse mesmo entusiasmo e evitem um cenário de mais semanas de campanha eleitoral numa altura tão problemática

Foi em Celorico de Basto, em Braga, que o Presidente da República e recandidato ao cargo fez o maior apelo ao voto de toda a campanha eleitoral. Marcelo Rebelo de Sousa apelou aos portugueses para não usarem o confinamento como "álibi" para não ir votar, até porque, reforçou, este voto implica que se escolha quem vai continuar a luta da emergência nacional em que o país se encontra. 

As audiências aos debates televisivos bateram recordes de muitos anos, o mesmo empenho existiu quanto a entrevistas televisivas e digitais e debates radiofónicos. Foi um sinal de apego à cidadania e de demonstração que os portugueses querem que a democracia integre e controle a emergência e não querem que a democracia se suspenda, apesar de vivermos em estado de emergência e em sucessivos confinamentos. Confinar não pode ser argumento ou álibi para parar ou adiar a democracia", afirmou no discurso de encerramento da campanha para as eleições presidenciais.

Ao lembrar a grande adesão ao voto antecipado em mobilidade no dia 17 de janeiro, Marcelo pediu aos portugueses que mantenham esse mesmo entusiasmo e evitem um cenário de mais semanas de campanha eleitoral numa altura tão problemática.

Que se possa confirmar a tendência expressa na participação do passado dia 17 e a permissão, pela primeira vez na nossa história política, do voto dos isolados profiláticamente e dos internados em lares. O voto em qualquer uma ou qualquer um dos candidatos apresentados, muito diversos entre si, em perfis, em ideias, em percursos, em visões de futuro, proporciona uma escolha que não seja a abstenção, o voto em branco ou o voto nulo”.

Lembrou, no entanto, que independentemente da decisão de dia 24, esse combate à pandemia de covid-19 tem de continuar, nomeadamente, com as reuniões com especialistas, com encontros com os partidos com representação parlamentar, com a luta pelo emprego, pelos rendimentos e pela saúde.

O vosso voto decidirá se os portugueses querem renovar a sua confiança no atual Presidente da República num instante chave de luta contra a pandemia, ou se preferem a sua substituição numa componente essencial de liderança dessa mesma luta”.

Marcelo voltou a dizer que assume a responsabilidade enquanto Chefe de Estado, seja para o bem como para o mal, em todas as decisões políticas tomadas relativamente à pandemia. 

Fui eu quem avançou para o primeiro estado de emergência em março, abril e maio. Fui eu quem decretou o segundo estado de emergência em novembro. Assumo-o, tal como assumo o ter sido porta-voz das sessões com os especialistas e primeira expressão do enfrentar da pandemia". 

 

Em todos os momentos senti a vossa solidariedade acalentadora, a vossa persistência sofrida, a vossa coragem anónima, mesmo quando senti o vosso temor, o vosso desalento, a vossa desilusão, a vossa frustração. Tudo isso submeto ao vossos juízo depois de amanhã, nas urnas, como deve ser em democracia", acrescentou.

Em relação ao futuro, o candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP deixou "uma palavra de esperança, de garantia da firme determinação de, com os portugueses, todos eles, não perder um minuto que seja na luta que continuará depois de domingo contra a pandemia".

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