Covid-19: aumenta a pressão sob o Governo para o encerramento das escolas - TVI

Covid-19: aumenta a pressão sob o Governo para o encerramento das escolas

A Organização Mundial da Saúde avisou que pode ser preciso reforçar nas escolas secundárias as medidas contra a pandemia pois os adolescentes de 16 a 18 anos transmitem o vírus mais rapidamente do que os mais novos

A pressão sob o Governo para encerrar as escolas continua a aumentar, numa altura em que os números da pandemia não param de subir e devem mesmo atingir os 14 mil casos confirmados. 

Os peritos alertaram, de forma quase unânime, para as vantagens de acabar com as aulas presenciais a partir dos 12 anos. Agora, ao coro de crítica juntam-se as associações escolares e os alunos.

Aquilo que dizem os nossos cientistas é que a encerrar, devemos encerrar o ensino secundário e o terceiro ciclo", afirmou Filinto Lima.

Recorde-se que o primeiro-ministro admitiu esta terça-feira, em debate no Parlamento, que o Governo pode vir a encerrar as escolas na sequência da nova variante da covid-19, inicialmente detetada no Reino Unido.

Estamo-nos a bater para manter escolas abertas porque sabemos o custo social de fechar, amanhã vamos começar campanha de testes rápidos. Se amanha soubermos, daqui a 15 dias soubermos, que a estirpe inglesa se tornou dominante no nosso país vamos ter de fechar as escolas”, disse António Costa.

Já o Presidente da República admite ponderar "diferentes pontos de vista quanto aos vários graus de ensino"

Também a Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou esta quarta-feira que pode ser preciso reforçar nas escolas secundárias as medidas contra a pandemia pois os adolescentes de 16 a 18 anos transmitem o vírus mais rapidamente do que os mais novos.

Numa atualização informativa semanal, a OMS diz que os adolescentes entre os 16 e os 18 anos transmitem o vírus “tão frequentemente quanto os adultos e mais prontamente do que crianças mais novas” e acrescenta ainda que foram relatados mais surtos nas escolas secundárias do que nas primárias.

Em particular, os adolescentes mais velhos devem ser lembrados para limitarem o risco de exposição fora dos ambientes escolares, evitando situações de alto risco, incluindo espaços lotados, de contacto próximo e mal ventilados”, refere.

O OMS cita estudos que sugerem que as crianças menores de 10 anos são menos suscetíveis e infeciosas do que as mais velhas e aponta uma investigação na Noruega, entre agosto e novembro de 2020, que encontrou “transmissão muito baixa de criança para criança e de criança para adulto em escolas primárias (crianças de 5 a 13 anos) que tinham medidas de prevenção e controle de infeção em vigor”.

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