Governo manda suspender toda a atividade não urgente nos hospitais de Lisboa - TVI

Governo manda suspender toda a atividade não urgente nos hospitais de Lisboa

Marta Temido ordena que todos os hospitais concentrem os recursos humanos nos cuidados intensivos

A ministra da Saúde ordenou a todos os hospitais da região de Lisboa para que suspendam "de imediato" toda a atividade não urgente, escalando os planos de contingência para o nível máximo. Num email enviado à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Marta Temido pede aos hospitais que procurem "garantir a alocação de meios humanos à área dos cuidados críticos" para maximizar a capacidade de resposta nos Intensivos.

A medida foi tomada na sequência da recomendação da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19 (CARNMI) numa reunião de trabalho na terça-feira para “análise da situação epidemiológica regional e da ocupação de camas na Região de LVT”, adianta o Ministério da Saúde (MS) numa resposta à agência Lusa.

Considerou-se necessário que os hospitais da região escalassem os seus planos de contingência para dar resposta a necessidades de internamento decorrentes de uma procura potencialmente crescente”, sublinha.

Segundo o Ministério, “o que se pretende é assegurar que, sendo necessário, existe aumento da capacidade de resposta ao doente crítico”.

O Ministério da Saúde lembra que estas orientações já tinham sido dadas em outras fases da pandemia, mas, neste caso, são dirigidas especialmente à Região de Lisboa e Vale do Tejo.

O MS lembra que um despacho de 06 de novembro de 2020 referia que “face ao atual crescimento da incidência da COVID -19, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantem a ativação do nível dos planos de contingência institucionais, previamente aprovados, que assegure a resposta às necessidades epidemiológicas locais equilibre o esforço assistencial regional e inter-regional, designadamente, suspendendo, durante o mês de novembro de 2020, a atividade assistencial não urgente”.

Assim, a orientação sobre atividade a cancelar é, como tem sido sempre, para situações de atividade assistencial programada (não urgente) que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, disse o MS na resposta à Lusa.

Portugal registou 10.027 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e 91 mortes relacionadas com a covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este é o maior aumento diário de infeções desde o início da pandemia, ultrapassando o máximo registado em 31 de dezembro, dia em que foram notificados 7.627 casos.

Mais de 70% das novas infeções estão concentradas na região de Lisboa de Vale do Tejo e na Região Norte.

 

 

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