"Lady Lex" encontrada a 3.000 metros de profundidade - TVI

"Lady Lex" encontrada a 3.000 metros de profundidade

  • CM
  • 6 mar 2018, 11:29
USS Lexington

Encontrados destroços do porta-aviões dos Estados Unidos, USS Lexington, afundado na Segunda Guerra Mundial, durante a batalha do mar de Coral

Os destroços do USS Lexington, um porta-aviões norte-americano da Segunda Guerra Mundial bombardeado pelos japoneses no mar de Coral em 1942, foram localizados por uma equipa do cofundador da Microsoft, Paul Allen.

Repousando a 3.000 metros de profundidade, o que resta do porta-aviões foi descoberto no domingo pelo barco de pesquisa do multimilionário, o R/V Petrel, a cerca de 800 quilómetros ao largo da costa leste da Austrália.

A equipa de Paul Allen divulgou fotos e vídeos mostrando os despojos do USS Lexington, um dos primeiros de uma longa linha de porta-aviões, com carcaças de aviões particularmente bem preservadas, apesar de estarem há 76 anos no fundo do mar.

Num dos aparelhos, vê-se um desenho do Gato Félix, ao lado do qual se podem ainda distinguir quatro bandeiras japonesas, provavelmente assinalando, como mandava a tradição, o número de aviões inimigos abatidos.

No total, 35 aparelhos estavam embarcados no USS Lexington, dos quais a equipa de Paul Allen disse ter avistado 11.

As imagens por eles captadas mostram também uma placa e armas antiaéreas.

A batalha do mar de Coral, ocorrida entre 4 e 8 de maio de 1942, foi a primeira entre porta-aviões, através dos respetivos aviões.

O Lexington, carinhosamente apelidado como “Lady Lex”, ficou de tal forma danificado que os norte-americanos decidiram afundá-lo no final da batalha que custou a vida a mais de 200 membros da tripulação.

Os sobreviventes foram transferidos para outras embarcações antes do afundamento.

Fruto do acaso, o pai do almirante Harry Harris, que atualmente comanda todas as forças norte-americanas no Pacífico, foi um desses combatentes retirados do Lexington.

O almirante, que deverá tornar-se embaixador dos Estados Unidos na Austrália, prestou homenagem à tripulação do navio de guerra.

A batalha do mar de Coral é considerada pelos historiadores uma vitória estratégica para os Estados Unidos, apesar das pesadas perdas humanas, porque obrigou pela primeira vez o império japonês a travar a sua expansão.

 

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