Os destroços do USS Lexington, um porta-aviões norte-americano da Segunda Guerra Mundial bombardeado pelos japoneses no mar de Coral em 1942, foram localizados por uma equipa do cofundador da Microsoft, Paul Allen.
Repousando a 3.000 metros de profundidade, o que resta do porta-aviões foi descoberto no domingo pelo barco de pesquisa do multimilionário, o R/V Petrel, a cerca de 800 quilómetros ao largo da costa leste da Austrália.
A equipa de Paul Allen divulgou fotos e vídeos mostrando os despojos do USS Lexington, um dos primeiros de uma longa linha de porta-aviões, com carcaças de aviões particularmente bem preservadas, apesar de estarem há 76 anos no fundo do mar.
“Lady Lex” went down with 35 planes. So far, #RVPetrel has found 11 of them. Here’s a look at two Douglas TBD-1 Devastators, resting on top of each other, and a close up of a Grumman F4F-3 Wildcat. https://t.co/19CuqvopwB pic.twitter.com/FEWZYD0iEo
— Paul Allen (@PaulGAllen) March 6, 2018
Num dos aparelhos, vê-se um desenho do Gato Félix, ao lado do qual se podem ainda distinguir quatro bandeiras japonesas, provavelmente assinalando, como mandava a tradição, o número de aviões inimigos abatidos.
No total, 35 aparelhos estavam embarcados no USS Lexington, dos quais a equipa de Paul Allen disse ter avistado 11.
As imagens por eles captadas mostram também uma placa e armas antiaéreas.
We've located the USS Lexington after she sank 76 yrs ago. #RVPetrel found the WWII aircraft carrier & planes more than 3000m (~2mi) below Coral Sea near Australia. We remember her brave crew who helped secure 1st strategic US win in the Pacific Theater https://t.co/20ehjafD7d pic.twitter.com/HIvxNUDbsX
— Paul Allen (@PaulGAllen) March 5, 2018
A batalha do mar de Coral, ocorrida entre 4 e 8 de maio de 1942, foi a primeira entre porta-aviões, através dos respetivos aviões.
O Lexington, carinhosamente apelidado como “Lady Lex”, ficou de tal forma danificado que os norte-americanos decidiram afundá-lo no final da batalha que custou a vida a mais de 200 membros da tripulação.
Os sobreviventes foram transferidos para outras embarcações antes do afundamento.
Fruto do acaso, o pai do almirante Harry Harris, que atualmente comanda todas as forças norte-americanas no Pacífico, foi um desses combatentes retirados do Lexington.
O almirante, que deverá tornar-se embaixador dos Estados Unidos na Austrália, prestou homenagem à tripulação do navio de guerra.
A batalha do mar de Coral é considerada pelos historiadores uma vitória estratégica para os Estados Unidos, apesar das pesadas perdas humanas, porque obrigou pela primeira vez o império japonês a travar a sua expansão.