Não disparou um único tiro, mas foi executado pelo homicídio de três polícias - TVI

Não disparou um único tiro, mas foi executado pelo homicídio de três polícias

  • JF
  • 6 mar 2020, 14:43
Nathaniel Woods

Foi morto, esta quinta-feira, às primeiras horas da manhã, por injeção letal. O autor dos disparos continua a aguardar o cumprimento da sentença

Nathaniel Woods, de 43 anos, foi executado esta quinta-feira, através de injeção letal, pelo homicídio de três polícias, apesar de não ter sido o autor dos disparos. O seu cúmplice, que terá sido o autor dos disparos, ainda está no “corredor da morte”.

De acordo com o tribunal, Nathaniel e o seu amigo Kerry Spencer tiveram uma discussão “grave” e terão ameaçado dois agentes na manhã do dia 17 de julho de 2004. Mais tarde, ainda durante o mesmo dia, os polícias, acompanhados de mais dois colegas, dirigiram-se a casa de Woods, com um mandado de prisão por tráfico de drogas.

Os agentes foram recebidos a tiro. Três polícias morreram e outro ficou ferido.

Woods foi condenado à pena de morte em 2005. O Ministério Público admitiu que o homem executado esta quinta-feira não foi o autor dos disparos. No entanto, acusa-o de ter sido cúmplice na morte dos três polícias e condenou-o por homicídio e tentativa de homicídio. O advogado de defesa garante, contudo, que Woods é “100% inocente”.

Também Marthin Luther King III, filho do histórico ativista pelos direitos civis, comentou o caso. Numa carta escrita à governadora do estado do Alabama, que publicou depois na rede social Twitter pediu que esta interviesse no processo:

Matar este homem afro-americano, cujo processo parece ter sido muito mal julgado pelo tribunal, pode causar uma injustiça irreversível”.

 

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