Um menino morreu afogado esta segunda-feira depois de o barco em que viajava ter naufragado na costa da ilha grega de Lesbos. De acordo com as autoridades gregas, esta é a primeira morte conhecida após a decisão da Turquia de abrir as fronteiras com a Europa para a entrada de migrantes e refugiados.
A guarda costeira da Grécia disse que o barco que afundou em Lesbos estava a ser escoltado por um navio turco.
Depois do acidente, as autoridades resgataram 46 pessoas, incluindo duas crianças inconscientes, que foram transportadas para o hospital. Uma dessas crianças, um menino sírio de quatro anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.
The Locals of #Lesvos have apparently won in the first instance. All the police busses, water cannon and MAT Riot Police are retreating. There is unconfirmed reports that villagers threatened the police that they will use guns if they don’t leave “their land” immediately. pic.twitter.com/Pk0UtJ5JSC
— Raphael Knipping (@RaphaelKnipping) February 26, 2020
A embarcação foi afundada deliberadamente para que as pessoas a bordo fossem resgatadas pelas autoridades e lhes fosse permitida a entrada no país. Acreditamos que a tragédia aconteceu nesse momento", afirma um comunicado da guarda costeira.
Segundo a agência Reuters, outra embarcação com cerca de 30 afegãos chegou a Lesbos ao início da manhã. Outras 32 pessoas foram também resgatadas pela guarda costeira em Farmakonisi, ilha perto da Turquia.
No dia 28 de fevereiro, o presidente da Turquia anunciou a abertura das fronteiras com a Europa para a passagem de migrantes e refugiados. Uma decisão tomada depois de 34 soldados turcos terem sido mortos em ataques aéreos no nordeste da Síria, traduzindo-se no maior número de baixas registado entre as forças turcas desde que o país se envolveu na guerra em 2016.
As autoridades gregas acusaram a Turquia de orquestrar um esforço coordenado para conduzir os migrantes através da fronteira.
A Turquia alberga, atualmente, 3,5 milhões de refugiados e migrantes da Ásia, África e Médio Oriente.