A primeira foto de Matilde depois de tomar o medicamento que lhe pode salvar a vida - TVI

A primeira foto de Matilde depois de tomar o medicamento que lhe pode salvar a vida

  • AG
  • 27 ago 2019, 15:50

Manuel Luís Goucha partilhou uma imagem da bebé quinze minutos após a injeção

A bebé Matilde já tomou a dose única do medicamento Zolgensma, fármaco experimental que pode salvar a vida da criança, que sofre de Atrofia Muscular Espinhal tipo 1. Manuel Luís Goucha, cujo marido é tio avô da menina, partilhou uma fotografia tirada 15 minutos depois da injeção.

A injeção única foi administrada por volta das 10:00, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Além de Matilde, que tem quatro meses, também Natália, de onze meses deverá receber o mesmo tratamento, que ainda não foi aprovado na Europa.

O remédio mais caro do mundo demorou cerca de meia hora a ser tomado e os efeitos devem começar a notar-se ao fim de um mês.

Matilde está a reagir bem ao medicamento e pode ter regressar a casa já nesta quarta-feira, se a evolução clínica for favorável.

À TVI, o pai da criança afirmou que a menina "está a reagir bem".

Em conferência de imprensa realizada esta terça-feira, no hospital de Santa Maria, as médicas responsáveis pelo caso, Isabelo Lopes e Teresa Moreno explicaram as vantagens do Zolgensma e quais as expetativas depois da injeção. Para as médicas, o medicamento tem a grande vantagem de ser tomado uma única vez, por via intravenosa, não esquecendo a necessidade de as duas crianças se adequarem aos critérios de toma do remédio.

Agora segue-se uma etapa de avaliação a longo termo, nomedamente pelo desconhecimento do medicamento, que foi administrado em cerca de doze crianças, sendo a monitorização mais longa de quatro anos. As médicas confirmaram ainda que "a alta prevê-se a curto prazo", provavelmente pela hora de almoço desta quarta-feira.

Os próximos três meses serão de avaliação constante. Nas próximas quatro semanas, as bebés deverão ter consultas semanais, passando para quinzenais nos dois meses seguintes. Se a injeção produzir os efeitos pretendidos, é esperado um bloqueio na progressão da doença, o que pode levar as crianças a "fazerem coisas que nunca fizeram", como explicaram as médicas. As crianças deverão melhorar a sua glutição, ao mesmo tempo que é expectável que o apoio da ventilação diminua. As médicas confirmaram ainda que não deverão ser vistos resultados durante o primeiro mês.

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