Esqueleto de Estremoz é um dos dez mais intrigantes do ano - TVI

Esqueleto de Estremoz é um dos dez mais intrigantes do ano

(DR/John Kantner)

Ossadas descobertas por duas arqueólogas portuguesas surpreenderam por apresentar fungos nos pés, comuns em regiões tropicais. Revista Forbes considera achado um dos mais relevantes de 2016

É um de entre os 115 esqueletos encontrados num cemitério datado entre os séculos XII e XV, que foi localizado em escavações arqueológicas em Estremoz, no distrito de Évora.

O esqueleto proveniente de uma necrópole medieval tem sido estudado pelas investigadoras Ana Curto e Teresa Fernandes. Logo em fevereiro, a redatora Kristina Killgrove escreveu um artigo na revista Forbes sobre o achado. Agora, considera-o um dos dez mais intrigantes do ano.

O artigo realça a descoberta nos pés do esqueleto do fungo. Como salienta  a autarquia alentejana em comunicado, o “Mycetoma ou pé de Madura é uma doença fúngica sobejamente conhecida historicamente e que afeta os trabalhadores agrícolas de áreas subtropicais do mundo”, mas “quase nunca é identificado em esqueletos antigos”.

No passado, antes da aplicação de bons antifúngicos e antibióticos, o Mycetoma seria de cura quase impossível, a não ser que fosse praticada a amputação do membro”, refere o novo artigo da Forbes.

Para a revista, destacou ainda o município, o que é “ainda mais interessante neste esqueleto é o facto de estar perfurado na cabeça, como que tivesse sido praticada uma forma inicial de cirurgia craniana”.

A publicação lançou ainda uma dúvida, cuja resposta não é clara, segundo a câmara alentejana: “A questão do pé poderia estar relacionada com a cirurgia do crânio?”.

No artigo publicado na revista norte-americana, o 1.º lugar da lista é ocupado pelo esqueleto sem cabeça de um antigo gladiador romano, descoberto em Inglaterra, seguindo-se ossadas encontradas em outros países, nomeadamente no Canadá ou em Itália.

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