"Somos muito melhores que os outros". Ministro britânico realça aprovação de vacina contra a covid-19 - TVI

"Somos muito melhores que os outros". Ministro britânico realça aprovação de vacina contra a covid-19

Governo do Reino Unido tem aproveitado a aprovação para destacar a importância do Brexit

O ministro da Educação do Reino Unido exaltou esta quinta-feira o facto de o país ter sido o primeiro a aprovar uma vacina contra a covid-19, afirmando que os cientistas daquele país são "muito melhores" do que os de outros países.

Somos um país muito melhor do que qualquer outro", afirmou Gavin Williamson, em entrevista à rádio LBC

O governante continuou, dizendo que o Reino Unido tem reguladores médicos melhores que França, Bélgica ou até mesmo os Estados Unidos.

As afirmações de Gavin Williamson surgem na sequência de o Reino Unido ter aprovado o uso de emergência da vacina da Pfizer, que deverá começar a ser administrada na próxima semana. O governo fez questão de relembrar que esta é uma decisão que só foi possível por causa do Brexit.

Os europeus estão a mover-se de forma um pouco mais lenta", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock.

As palavras de Matt Hancock não foram bem recebidas na Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla original), organismo da União Europeia responsável pela aprovação da vacina, que afirmou que o Reino Unido preferiu a rapidez à confiança do público, numa tentativa de ser o primeiro a debelar a pandemia.

Segundo os meios de comunicação internacionais, a União Europeia deve aprovar a utilização de uma vacina no dia 29 de novembro, com as primeiras doses a poderem ser distribuídas e aplicadas nos primeiros dias de 2021.

As declarações de Gavin Williamson vêm no seguimento das do seu colega de governo. Recorde-se que a administração de Boris Johnson sempre foi a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, facto que foi também vincado pelo ministro da Educação.

[Ter a vacina primeiro] é uma vantagem competitiva. Deve-se aos clínicos no regulador que o fizeram acontecer tão rápido, por isso devemos agradecer-lhes. Tendo feito o que fizeram, talvez nos salvem a vida", afirmou.

Apesar das palavras dos ministros, o Reino Unido continua sob alçada da EMA até 1 de janeiro, ainda que esteja previsto nas regras comunitárias que os estados-membros podem fazer aprovações de emergência, como é o caso.

Continue a ler esta notícia