Camacho: «F.C. Porto está com a sorte dos campeões» - TVI

Camacho: «F.C. Porto está com a sorte dos campeões»

Benfica-F.C. Porto, 1-1 (reportagem) Jose Antonio Camacho considerou que o Benfica esteve mais próximo da vitória do que o F.C. Porto porque trabalhou os noventa minutos para isso.

Jose Antonio Camacho considerou que o Benfica esteve mais próximo da vitória do que o F.C. Porto porque trabalhou os noventa minutos para isso, mas atribuiu à equipa de José Mourinho a sorte dos campeões para justificar o empate (1-1).

«Acho que estivemos perto de ganhar. Sofremos um golo aos 30 minutos, mas o F.C. Porto está com a sorte dos campeões e por isso saiu à frente do Benfica. É uma equipa experimentada que esperou por um canto ou por uma falta para conseguir o seu golo. Nós trabalhámos muito mais, jogámos os 90 minutos, criámos muitas oportunidades, fizemos só um golo, mas podíamos ter feito mais. Não há explicação para isto, o futebol é assim, nem sempre a equipa que trabalha mais chega primeiro ao golo. Já estamos um pouco longe porque é difícil ganhar pontos ao F.C. Porto, mas a jogar assim podemos subir mais alto», começou por destacar.

No melhor período do Benfica, logo após o golo de Simão, Sokota, que estava a ser uma dor de cabeça para os centrais do F.C. Porto, deixou o relvado lesionado, mas Camacho defende que a sua equipa não ficou diminuída sem o croata. «Acho que não. Criámos mais três ou quatro oportunidades depois de Sokota ter saído. Continuámos a trabalhar, mas não tivemos sorte nos momentos dos golos», comentou. O técnico espanhol salientou ainda o facto de, ao contrário dos outros jogos que fez com o F.C. Porto, a sua equipa terminou com onze jogadores e não sofreu penalties. «O Benfica fez um jogo para ganhar. Nos últimos jogos nunca terminámos com onze, a época passada acabámos com nove, e sofremos penalties. Hoje foi tudo normal e o jogo foi diferente», recordou.

O ataque do Benfica só ganhou expressão na segunda parte, em que os encarnados se revelaram bem mais agressivos. Camacho tem uma explicação para a mudança de atitude dos seus jogadores. «O F.C. Porto é uma equipa que defende muito bem, mas na segunda parte os seus jogadores já não estavam a cem por cento e deixaram mais espaços. Nos primeiros 45 minutos o F.C. Porto esteve muito forte a defender. Nós jogámos os 90 minutos e tivemos mais espaços na segunda parte», referiu.

«Disse-lhes que estava tudo dependente de não perdermos a cabeça»

Ao intervalo, Camacho pediu aos seus jogadores para manterem a cabeça fria. «Disse-lhes que tudo estava dependente de não perdermos a cabeça, não podíamos entrar em loucuras e ir à procura do golo a todo o custo. Se marcam outro golo de canto não podíamos fazer nada, mas se continuássemos a jogar e a dar profundidade ao jogo podíamos chegar ao empate», contou. Feitas as contas, o Benfica ficou a nove pontos do F.C. Porto e a quatro do Sporting. Camacho foi pouco claro quanto aos objectivos que lhe restam na Superliga. «O objectivo do Benfica é continuar a trabalhar e a organizar para construir uma boa equipa para fazermos uma grande época, pode ser este ano, mas também pode ser no ano que vem. Cada equipa tem as suas dificuldades, estamos a preparar uma grande equipa, muito melhor. Estamos em três objectivos, estamos a trabalhar para saber as verdadeiras necessidades do Benfica», referiu.

A concluir, o técnico espanhol voltou a reforçar a ideia de que o Benfica foi mais forte porque foi mais regular ao longo do jogo. «Trabalhámos os 90 minutos a um ritmo muito forte. Sofremos um golo, mas não ficámos a dormir, conseguimos empatar e terminámos com possibilidades de ganhar», acrescentou.

O treinador do Benfica não falou no «flash-interview» porque quando chegou ao local a RTP tinha interrompido a emissão para compromissos de publicidade. O técnico espanhol ainda aguardou cinco minutos, mas como não lhe foi avançada qualquer explicação para a espera, deixou o local sem prestar as habituais declarações que se sucedem ao final do jogo.

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