Mourinho: «Fui habituado a que as chantagens tivessem resultados positivos» - TVI

Mourinho: «Fui habituado a que as chantagens tivessem resultados positivos»

Afinal «não havia outros...» Em entrevista à TSF o ex-técnico do Benfica admite que não tinha qualquer convite quando deixou a Luz e que utilizou esse argumento para pressionar Manuel Vilarinho.

José Mourinho revelou que os motivos que invocou para sair do Benfica não foram verdadeiros. Em entrevista, na TSF, a António Tavares Telles, o ex-técnico dos «encarnados» disse que não tinha nenhum clube interessado em contratá-lo e admitiu que isso não passou de uma «mentira»: «Claro que não houve nenhuma proposta. Foi um modo de pressionar a direcção.» 

«Eles habituaram-me a pensar que qualquer chantagem é permitida», acusou, justificando assim o método utilizado. Mourinho disse que se sentia «ridículo» por não estar a par dos jogadores que tinha disponíveis para treinar em cada sessão.  

O ex-treinador do Benfica deixou ainda claro que não recebeu qualquer proposta do Sporting, não deixando, contudo, de mostrar o seu agrado pelo facto de Luís Duque o ter considerado como hipótese para futuro treinador. 

Mourinho admitiu que não estava à espera que Vale e Azevedo perdesse as eleições e que «pensava que teria um ano e meio de tranquilidade e condições para desenvolver o seu trabalho». Quando Vilarinho ganhou, pensou que saíria, mas Mourinho disse que o presidente eleito lhe deu «esperança de continuar o trabalho e até renovar».

Sabia que não era o treinador de Vilarinho, só estava ali porque «outros não queriam estar naquele momento», afirmou. «Eu andava a alimentar os vitelos para os outros beberem o leite», ironizou. Toni, leia-se. 

O ex-técnico afirmou que o seu desejo agora é «voltar a treinar o mais rápido possível», na continuação de uma carreira como treinador principal que avaliou como «fantástica», num clube «com boas condições humanas». 

«Tive sorte de trabalhar sempre em clubes que tratam bem as pessoas», disse fazendo um balanço dos lugares por onde passou. Durante a entrevista, considerou que Pinto da Costa é um presidente «que fez de um bom clube o melhor clube do mundo», que Carlos Mozer é «indispensável» e uma pessoa de que «não pode abdicar». Concluiu dizendo que numa próxima equipa técnica, dará «oportunidade aos que já estão para que se adaptem à sua forma da trabalhar».

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