Casuals do Sporting saem em liberdade - TVI

Casuals do Sporting saem em liberdade

Adeptos ficam proibidos de entrarem em recintos desportivos

Saíram em liberdade os 16 adeptos ligados à claque do Sporting que foram detidos na sequência de uma megaoperação policial que decorreu quarta-feira de manhã na grande Lisboa, com mais de duas dezenas de buscas e 30 detenções de elementos ligados às claques do clube de Alvalade, mas também do Benfica. O julgamento relativo aos adeptos dos encarnados foi interrompido, prosseguindo esta sexta-feira para que se saibam as medidas de coação.

Em causa está uma série de crimes graves que estão enquadrados na violência no desporto - como agressões em grupo e roubos a adeptos dos próprios clubes e rivais - nas imediações dos estádios da Luz e de Alvalade, apurou a CNN Portugal, sabendo-se que estes elementos estão ligados a uma fação mais radical das claques, os "casuals".

Além de ficarem com termo de identidade e residência, os adeptos do Sporting ficam ainda impedidos de estar perto ou entrar em qualquer recinto desportivo. Alguns dos suspeitos ficam ainda sujeitos a apresentações periódicas nas esquadras da polícia.

A operação da PSP foi articulada com a unidade especial de combate ao crime violento do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e ocorreu em processos diferentes, com a mesma realidade. De um lado, o fenómeno dos No Name Boys, claque do Benfica, e mais concretamente o subgrupo dos "casuals", com elementos identificados por casos em que montam emboscadas até a jovens adeptos do próprio clube, que perseguem após jogos de futebol no estádio ou de modalidades no pavilhão da Luz. As vítimas são levadas à força para locais ermos onde acabam violentamente agredidas em grupo, de forma gratuita e por motivos fúteis, e roubadas. Ficam sem telemóveis, dinheiro e bens que transportem, como fios em ouro e prata.

Noutro lado da cidade, junto ao estádio de Alvalade, há crimes idênticos cometidos pelos "casuals" da claque leonina, a Juve Leo. Perseguições a adeptos de clubes rivais e do próprio Sporting, agressões em grupo, batalhas campais combinadas com claques de outros clubes - e também ataques à própria Polícia. Num caso recente, a 25 de julho do ano passado, após um jogo entre o Sporting e o Sevilha para o troféu 5 Violinos, lançaram pedras e garrafas contra agentes da PSP que patrulhavam a zona do estádio e fizeram três feridos. Pelo menos um dos polícias teve de ser assistido no hospital. 

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