Fernando Santos contestado no treino - TVI

Fernando Santos contestado no treino

Sócios convidam treinador a ficar em Lisboa Cerca de três dezenas de associados do F.C. Porto, com quota em dia, apuparam o técnico ao final do treino desta manhã, sugerindo-lhe que aproveitasse a deslocação à Luz para ficar em Lisboa. Poucos instantes depois, os constestatários eram convidados a deixar a bancada pelo corpo de segurança do Estádio. Fernando Santos abandonou as Antas mais de duas horas depois do final da sessão.

Cerca de três dezenas de sócios portistas contestaram, ao final da manhã de hoje, o trabalho de Fernando Santos, que, duas horas após o final do treino, já com todos os jogadores de saída, ainda não havia deixado as intalações do Estádio das Antas. 

O primeiro treino depois da perda do primeiro lugar no Bessa e antes da dupla deslocação à Luz decorreu no estádio, onde acederam apenas jornalistas e sócios com quota em dia, pormenor criteriosamente verificado por um conjunto de seguranças desde a derrota de Belém, logo à segunda jornada, de que resultaram apupos e discussões directas com o treinador. 

A sessão parecia condenada a altas atribulações, quando Fernando Santos se viu forçado a interromper o treino nas experiências de quem testava a instalação sonora, passando o hino do F.C. Porto, justamente quando o treinador se preparava para ordenar o início da peladinha. 

A voz de Amélia Canossa ecoou durante alguns segundos, mas extinguir-se-ia antes do grito «Porto, Porto, Porto, Porto» do refrão, com Fernando Santos e Rodolfo Reis, incrédulos, voltados por alguns instantes para a cabina de som e para o responsável pela piada de mau gosto. 

Ao fim de 1h20 de treino, o treinador deu o trabalho por concluído, motivando um chorrilho de críticas dirigidas da bancada, onde, aos brados, lhe perguntavam se o preparo já terminara e o convidavam a aproveitar a viagem à Luz para não voltar ao Porto. «Faz como o Inácio, que é homem, e fica já em Lisboa», gritaram. 

Reinaldo Teles, que assistia ao treino à boca do túnel de acesso aos balneários, registou a provocação. Pouco depois, os associados eram convidados a deixar a bancada por um curto grupo de homens que faz a segurança do estádio. Com a maior parte do plantel já no duche, Aloísio, Alenitchev, Pavlin, Rubens Júnior e Clayton testavam os reflexos de Ovchinnikov, Pedro Espinha, Rui Correia e Hilário. 

Ao deixarem as Antas, os jogadores iam sendo abordados, um a um, pelos adeptos descontentes. O adjunto Rodolfo Reis foi interpelado, o capitão Jorge Costa longamente interrogado e nem o médico José Carlos Esteves se livrou de escutar os lamentos dos sócios.  

Mais de duas horas depois do final do treino, Fernando Santos deixou as Antas na companhia de Reinaldo Teles e sem notícia de novas provocações.

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