Qual foi o teu primeiro contacto com o futebol?
Era ainda muito miúdo, como é normal. Morava na Curraleira, ali ao pé da Picheleira e era o desporto que mais praticávamos na rua. Depois surgiu uma oportunidade para ir para o Benfica, fui lá fazer uns treinos e fiquei. Estive lá duas épocas, nos infantis, mas não era muito utilizado e mandaram-me embora. Fiquei desmerecido e deixei de jogar durante um ano.
Começaste no Benfica. Influências da família?
É verdade, a família é mais Benfica. Mas isso agora não quer dizer nada, estou no Sporting e quando jogo, jogo sempre com amor à camisola. É o clube onde estou a evoluir. O clubismo aqui não tem nada a ver. Gosto do Sporting, porque também se não gostasse do Sporting também não ia para lá. Estou a sentir-me muito bem, são pessoas espectaculares, têm-me apoiado em tudo. O clubismo aqui não tem nada a ver.
O apoio da família tem sido importante?
Sempre me acompanharam. O meu pai tem sido excelente, está sempre a incentivar-me. Quando faço bons jogos apoia-me sempre e dá-me moral, mas também quando faço aqueles jogos menos razoáveis, dá-me na cabeça e diz que tenho de fazer isto e fazer aquilo. Têm-me ajudado imenso. Tenho uma família que está ligada ao futebol por causa de mim.
Depois do Benfica, como é que foste parar ao Sporting?
Depois comecei a jogar por brincadeira, fui para o Vitória da Picheleira, ao pé das Olaias porque era ao pé da minha casa. Foi mais para não ficar parado, porque já estava a ficar gordinho. Comecei a jogar e depois, incentivado por um amigo, fui treinar ao Oriental e fiquei logo. Fiz duas épocas: o último ano de iniciados e o primeiro de juvenis. No primeiro ano estive muito bem, marquei logo vinte e cinco golos no campeonato e foi aí que o Sporting me começou a seguir. Depois o Benfica também me queria, mas acabei por escolher o Sporting.
Leia toda a entrevista:
Início de carreira de encarnado: «Fiquei desmerecido com o Benfica».
A importância da Academia e uma relação especial com Quaresma: «Tinha Quaresma como um irmão».
As expectativas de Bölöni a Fernando Santos: «Bölöni estava mais atento aos jovens».
Os comportamentos «inadmissíveis» na selecção: «Compreendo-os, mas não foi uma boa atitude».
Melhor marcador no Europeu com cinco golos: «O homem-golo era Hugo Almeida, não era eu».
Futuro da selecção assegurado: «Scolari tem mostrado que aposta nos jovens».
As preferências de Paulo Sérgio: «Totti é um jogador fenomenal».