Marítimo-V. Setúbal, 0-5 (crónica) - TVI

Marítimo-V. Setúbal, 0-5 (crónica)

Vendaval sadino provoca descalabro madeirense Nem os mais optimistas adeptos sadinos podiam imaginar esta goleada, a pior derrota do Marítimo desde a época 1995/96.

Quem poderia esperar que o Marítimo fosse «goleado» pelo Setúbal, em casa e por 5-0? Nem mesmo os mais optimistas adeptos setubalenses, nem por certo os próprios jogadores e treinador sadinos. Mas tal aconteceu. E com muito mérito da equipa de Luís Campos, que deu uma verdadeira lição de bem jogar a um conjunto de Nelo Vingada irreconhecível. E para a «história» entra mais este resultado. O Marítimo não sofria tantos golos desde a temporada 1995/96, frente ao Sporting, num jogo que ditou o despedimento do treinador maritimista na altura, Raúl Águas.

Hoje, no Estádio dos Barreiros, estavam frente a frente duas formações que vinham de resultados diferentes. Os madeirenses empataram na Choupana e os setubalenses vinham de um desaire caseiro frente ao Guimarães.

Nelo Vingada, fiel ao seu esquema habitual, dispôs a sua equipa num habitual 4x4x2, com a dupla brasileira Gaúcho-Jaques a ter a missão de bater a defensiva visitante. Por seu turno, Luís Campos apresentou Nélson como defesa esquerdo, apostando em quatro homens na defesa e tomou as devidas cautelas a meio campo, colocando Sandro e Hélio com a missão de travar o ataque madeirense, enquanto o «trio» composto por Marco Ferreira, Jorginho e Rui Lima tinham que municiar o «solitário» Meyong.

 

Logo aos três minutos ficou claro que os homens de Setúbal não vinham para facilitar, quando Meyong quase surpreendia Nelson com um «chapéu». Estava dado o mote para uma tarde de total desacerto da defesa «verde-rubra», que normalmente não facilita. Mas hoje foi mau de mais, perante um Setúbal que trocava muito bem a bola e partia para o ataque de forma simples e rápida.

Assim, começou a dar nas vistas o «camisola 7» sadino. Marco Ferreira, aos nove minutos, faz um centro remate e leva a bola à barra. Cinco minutos depois, de novo Marco Ferreira, desta feita na cobrança de um livre, e bola na barra, com Nelson a vê-la passar!

E para não variar, descida de Marco Ferreira sobre o lado direito, Eusébio não teve arte, nem pernas para o travar e cometeu grande penalidade. «À segunda», Rui Lima lá conseguiu o 1-0, já que no primeiro remate que fez o guarda-redes do Marítimo defendeu para canto, só que Carlos Xistra mandou repetir o lance por indicação do seu auxiliar. Porquê? Só o juiz saberá.

Os adeptos locais nem queriam acreditar no que viam. A turma do «prof» estava uma verdadeira sombra, sem imaginação para criar lances ofensivos e sem coesão defensiva. Lá atrás, Nelson devia perguntar aos seus companheiros sobre o que se estava a passar.

Foi de forma natural que o Setúbal aos 28 minutos, chegou ao 2-0, com mais uma boa iniciativa de Rui Lima, que cruzou com conta peso e medida para a cabeça de Sandro. Aos 38 minutos, após boa assistência («chapéu» a Nelson) de Meyong, Marco Ferreira, de cabeça, empurrou para a baliza deserta. «Uff, intervalo», devem ter dito, treinador, jogadores e sócios «verde-rubros».

Rincón ainda animou

No recomeço, Nelo Vingada apostou o tudo por tudo e colocou quatro homens na frente de ataque: Gaúcho, Jaques, Rincón e Júnior. Mas mesmo assim não houve volta a dar à «história» da partida.

Rincón ainda animou o ataque madeirense ao assistir Gaúcho, mas este não conseguiu bater Pedro Espinha, logo aos 46 minutos. Depois, aos 49 minutos, o próprio Rincón rematou de cabeça, para o guarda-redes sadino defender. E a «alma» do Marítimo ficou por aqui.

Foi outra vez de forma natural que o Setúbal chegou ao 4-0, após uma perda imperdoável de Joel Santos que Jorginho não desperdiçou. Atónitos, os adeptos locais começaram a deixar o estádio. Até ao final o Setúbal ainda aumentou o marcador, com toda a justiça, diga-se. Foi uma tarde negra para o Marítimo, que não soube e não pôde travar a «magia» sadina.

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