Podia até dizer-se que os maritimistas transferiram o famoso «Bailinho da Madeira» para o relvado, mas se é certo que a vantagem foi confortável, com uma vitória do Marítimo sobre o Setúbal por 3-1, o jogo não foi dos mais bonitos de se ver. Os maritimistas justificaram em pleno a vitória, já que dominaram a partida e assumiram as despesas do meio-campo.
No primeiro tempo, o Marítimo controlou o jogo e esteve quase sempre instalado no meio-campo sadino. O ataque é que parecia não conseguir ultrapassar a defesa contrária. Gaúcho e Quim viam-se encurralados e os centros que partiam, predominantemente do lado esquerdo, não encontravam finalizadores na área. O ataque maritimista acabou por estar dependente dos lances de bola parada. Dois golos no primeiro tempo, dois lances de bola parada.
O jogo foi muito disputado a meio-campo durante o primeiro tempo. Em ambas as equipas era o lado esquerdo que se evidenciava na partida para o ataque. Ainda assim, Kenedy teve dificuldades perante o jovem Paulo Ferreira, que surgiu bastante adiantado no terreno. No ataque sadino, Fernando Mendes tentou levar a equipa para a frente. Raras foram as vezes que o lado direito dos maritimistas funcionou e quando isso aconteceu Albertino fazia todo o corredor na esperança de encontrar alguém na área sadina.
Na segunda parte, o Marítimo tentou imprimir mais velocidade. Gaúcho e Dinda foram um quebra cabeças para uma defesa que já parecia começar a não ter pernas para parar o ímpeto atacante dos madeirenses. Os sadinos não funcionaram no ataque. Evandro desperdiçou duas oportunidades aos 27 minutos. As hipóteses mais flagrantes para o Vitória de Setúbal na primeira parte. No segundo tempo, o golo surgiu de bola parada e a um minuto do fim os sadinos ainda se deram ao luxo de desperdiçar uma grande penalidade.
A vitória cai bem ao Marítimo que foi a única equipa a tentar chegar ao golo. O Vitória de Setúbal não soube arriscar e encolheu-se demasiado no seu meio-campo. Mesmo se tivermos em conta que o meio-campo maritimista esteve mais eficaz, os sadinos podiam e deviam ter feito mais.