«É curioso ter vindo parar ao estádio onde o Porto foi campeão europeu» - TVI

«É curioso ter vindo parar ao estádio onde o Porto foi campeão europeu»

Entrevista a Gonçalo Paciência, reforço do Schalke 04 - Parte 2

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O mundo dá voltas e voltas, muitas vezes para nos levar a lado nenhum. Não é o caso de Gonçalo Paciência. O avançado aceitou em 2018 o desafio de jogar na Bundesliga, superou-o com distinção e é agora jogador do Schalke 04.

Gonçalo vive nos arredores de Gelsenkirchen e é da janela de casa que quase avista o estádio onde o seu FC Porto foi campeão da Europa em 2004. Os dragões de José Mourinho venceram o Mónaco por 3-0 na Arena auf Schalke, o lar do novo clube de Gonçalo.

Na altura da final, o filho de Domingos Paciência tinha nove anos e concluía, precisamente, a sua primeira temporada no FC Porto. A vida é curiosa e o azul e branco nada tem de estranho para Gonçalo, como o próprio lembra em entrevista ao Maisfutebol e aos jornais Record e A Bola.  


PARTE 1: «Maior do que o Schalke só o Bayern e o Borussia»

PARTE 3: «Tenho o objetivo claro de estar no Euro2021»

Quando falamos do Schalke, lembramo-nos de imediato da final do FC Porto em Gelsenkirchen. Com o Gonçalo foi igual?
Quando cheguei à Alemanha, um dos meus primeiros jogos foi neste estádio. Estou ligado intrinsecamente ao FC Porto e até as cores do Schalke são as mesmas (risos). Claro que essa memória é curiosa, é curioso ter vindo aqui parar. O Schalke é o meu clube, representa o que vou defender a partir de agora, é um clube muito grande na Alemanha e não hesitei em aceitar este convite. Mas sim, é verdade, claro que me lembrei logo da final de 2004 do FC Porto.

Vai para a terceira temporada seguida na Bundesliga. Um dos objetivos era continuar na Alemanha?
Já ganhei algum nome na Alemanha, pelos golos e exibições que fui fazendo. As pessoas conhecem-me e fazia sentido, pelo panorama atual do mundo, ficar neste campeonato. A Bundesliga é um dos melhores campeonatos do mundo, está no top-3 sem dúvida, e queria continuar cá. Gosto muito de estar nesta liga, é fantástica.

Que ideia tem dos alemães? Há o estereótipo do tipo distante, mas organizado.
É um povo que gosta de receber. No início existe essa personalidade, mas dão tempo às pessoas para provar o motivo que as trouxe aqui. Se provares que és bom, que estás cá para trabalhar e crescer, as pessoas são boas para ti. Os primeiros dias são difíceis, as pessoas olham para nós e sentes que pensam «vamos ver o que vai sair daqui».

Já fala alemão?
Já consigo falar. Há muitos sotaques, mas já falo.

 

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