Ambiente aprova terceira ponte do Tejo - TVI

Ambiente aprova terceira ponte do Tejo

Maquete da terceira travessia sobre o Tejo

Ministério quer portagens diferenciadas em função da procura

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O Ministério do Ambiente deu «luz verde» à construção da Terceira Travessia do Tejo, impondo várias condicionantes, entre as quais a cobrança de portagens diferenciadas, cujos preços variem em função da procura, refere a Lusa.

A Terceira Travessia do Tejo terá duas vias para a alta velocidade, duas vias para a rede convencional e duas vias com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário e representa um investimento de 1,7 mil milhões de euros.

De acordo com a Declaração de Impacto Ambiental (DIA), a componente rodoviária da nova ponte sobre o Tejo, entre Chelas e o Barreiro, deverá adoptar «um sistema de preços de portagem diferenciados, penalizando o(s) período(s) de maior procura», e um sistema de controlo de velocidade, que imponha como limite máximo de velocidade os 80 quilómetros por hora.

Nos períodos de maior procura, a terceira faixa deve ser reservada para veículos com ocupação igual ou superior a dois ou três passageiros, veículos eléctricos e transportes públicos.

A DIA recomenda que seja estudada «a possibilidade de acomodar uma via de duplo sentido para modos de transporte suaves, como bicicletas, e que sejam promovidos serviços nos comboios suburbanos que facilitem o transporte das mesmas.

A construção da componente ferroviária deverá ser «privilegiada» em relação à rodoviária e deverão ser criadas condições para que o transporte colectivo, nomeadamente no serviço ferroviário convencional, «esteja disponível e operacional aquando da entrada em funcionamento da componente rodoviária».

Para a execução dos estudos de património, a DIA estabelece a criação de uma equipa que integre técnicos especializados nas áreas da arqueologia, arquitectura, paisagem e urbanismo.

Esta equipa não deverá permitir a afectação da Fábrica da Pólvora de Chelas.

Os resíduos existentes nos terrenos da Siderurgia Nacional, directamente afectados pela execução das obras da ligação rodoviária Seixal/Barreiro, deverão ser alvo de «um estudo de diagnóstico rigoroso, por forma a serem definidas soluções de gestão para os referidos resíduos e solos associados».

Deverá ser também elaborado um Projecto de Integração Paisagística (PIP), de modo a «minimizar os impactos negativos da obra e potenciar a integração das infra-estruturas na paisagem».

A análise de viabilidade da compatibilização do projecto de execução com o requerido pela Câmara de Lisboa deverá «ter por base um estudo das medidas apontadas pela autarquia"(abaixamento do tabuleiro da ponte e a substituição de viadutos rodoviários e ferroviários por túneis), lê-se na DIA.

O projecto de execução da futura ponte deverá ser desenvolvido em articulação com a Administração do Porto de Lisboa (APL), «compatibilizando-o com a manutenção da navegabilidade e da actividade portuária», e em consonância com as servidões militares, terrestres e aeronáutica do Aeroporto de Lisboa, Base Aérea do Montijo e do Depósito Geral de Material da Força Aérea, em Alverca.

As redes de drenagem pluvial de Lisboa devem ser avaliadas, de modo a que possam ser conhecidas as condições e capacidade para «suportar o acréscimo de caudal esperado com a execução do projecto».

Deve igualmente ser aferida a necessidade de execução de ampliações ou da implantação de uma nova rede de colectores, bacias de retenção para controlo das pontas de cheias ou valas de desvio.

Na margem Sul, devem ser avaliados e identificados «os impactos originados pela realização de túneis na circulação corrente no sistema aquífero».
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