Sócrates diz que tem condições para governar, mas... - TVI

Sócrates diz que tem condições para governar, mas...

Debate quinzenal

Primeiro-ministro volta a criticar a «atitude desleal e irresponsável» da oposição

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O primeiro-ministro disse esta terça-feira que tem «condições e vontade» para governar, mas criticou duramente a atitude «desleal e irresponsável» dos partidos da oposição, afirmando que o Executivo deve ter condições mínimas para promover a governabilidade do país.

«Tenho não apenas condições [para governar] mas também vontade e determinação para o fazer, mas naturalmente tenho a certeza que todos os partidos da oposição compreenderão que o Governo deve ter as suas responsabilidades mas também as condições para promover a governabilidade do país», disse José Sócrates, em Aveiro, à margem da cerimónia do anúncio do curso de Medicina da Universidade local.

«A verdade é que não podemos estar na situação de o Governo executar um Orçamento elaborado pela Assembleia. Isso é que não poderá ser e tenho a certeza que todos os portugueses compreenderão e também os partidos da oposição», disse o chefe do Executivo.

Questionado sobre que atitude tomará se não houver mudança no registo dos partidos da oposição, Sócrates foi peremptório: «A situação vai alterar-se».

Antes, o primeiro-ministro já tinha criticado duramente a posição dos partidos da oposição, que classificou como «desleal e irresponsável».

Sócrates: Portugal é ingovernável com dois orçamentos

«O país não pode ser governado com dois orçamentos: o orçamento que o Governo vai apresentar e o orçamento que a oposição depois aprova. Já apelei à responsabilidade e tenho a certeza que as minhas palavras não deixarão de ser ouvidas por todos os partidos».

Sócrates considera que «não é razoável ver os partidos da oposição numa manhã de sexta-feira a acabar com impostos que eles próprios criaram», numa referência à sessão do plenário em que a maioria formada pelos partidos da oposição permitiu acabar com o Pagamento Especial por Conta e adiar a entrada em vigor por um ano do novo Código Contributivo.

«Estas medidas fazem com que o Estado abdique para o próximo ano de cerca de 800 milhões de euros».
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