«OPA foi bomba paralizante que lançaram sobre a PT»

«A PT tinha alguns problemas que também não podemos escamotear. O último semestre de 2005 não tinha sido brilhante e o primeiro semestre de 2006 com a mudança de equipas de gestão também não ajudou», salienta o CEO.

Granadeiro diz, no entanto, que «a capacidade de recuperação foi muito evidente no terceiro trimestre, reforçada no quarto trimestre e sobre Janeiro. «Sobre Fevereiro ainda não podemos falar, mas poderemos a seu tempo. Conseguimos, de facto, fazer diferente, porque fomos mais inovadores, ganhámos quota em alguns mercados bastante maduros e muito concorrencias, como é o caso do móvel».

O líder da Portugal Telecom salienta, ainda, que acrescentaram clientes na PTM. «No negócio fixo parámos aquela sangria que já estava na ordem dos 120 mil clientes / mês. No fixo, estamos hoje em patamares já muito mais baixos, menos de 1/3 daquilo que era apesar de estarmos condicionados por um quadro regulatório que nos tem impedido de progredir mais».

Granadeiro refere, ainda, que o Sol quando nasce é para todos: «O regulador quando define determinados quadros, espero que seja para todos, e não aceito que a PT seja discriminada em relação àquilo que apesar de ser um modelo completamente aberrante, foi aprovado. Nós agora temos direito a beneficiar desse quadro regulatório que foi concedido. Se foi concedido é porque é legal, aplicável e bom para o consumidor», reitera.