Papademos: «Caminho não é fácil, mas é no euro» - TVI

Papademos: «Caminho não é fácil, mas é no euro»

Papademos

Novo primeiro-ministro grego diz que participação no euro é garantia de «estabilidade monetária e factor de estabilidade económica»

No seu primeiro discurso como novo primeiro-ministro indigitado da Grécia, Lucas Papademos, defendeu a presença do país na Zona Euro e disse que os «enormes» problemas gregos só se resolvem com cooperação entre os partidos políticos.

«A economia grega enfrenta enormes problemas, apesar dos enormes esforços feitos». A Grécia «está num cruzamento decisivo», disse esta quinta-feira Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu.

«O caminho a seguir não vai ser fácil», acrescentou o responsável, que considerou a presença da Grécia na Zona Euro como um factor que facilitará o ajustamento económico do país.

«Estou convencido que a participação no euro é uma garantia de estabilidade monetária e um factor de estabilidade económica», disse o novo primeiro-ministro, momentos depois do Presidente da República grega o ter confirmado como o sucessor do chefe do executivo cessante, Georges Papandreou.

Apesar das eleições antecipadas gregas estarem marcadas para 19 de Fevereiro de 2011, segundo anunciou o ministério das Finanças do executivo cessante, Papademos disse hoje que a data «é um ponto de referência» e que não está ainda confirmada nenhuma data para o acto legislativo.

«O novo governo é um governo de transição, encarregado de aplicar o acordo de 26 de Outubro e todas as políticas que daí decorrem», disse ainda o novo chefe do Executivo grego, referindo-se ao acordo entre os 17 Estados da Zona Euro, que perdoa cerca de metade da dívida externa grega e atribui ao país um resgate de mais 130 mil milhões de euros, mas exige a Atenas mais medidas de austeridade.

Os dois anos de aperto de cinto que o país já leva causaram a recessão e provocaram a queda do executivo de Papandreou.

A declaração da presidência da República que hoje nomeia Papademos não refere nenhuma data para as eleições antecipadas.

A ratificação do acordo de Outubro deverá permitir a Atenas receber a sexta tranche ¿ de oito mil milhões de euros - do primeiro resgate grego, que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional congelaram, apesar da Grécia ter dito que só tem dinheiro até meados de Dezembro.
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