«Se houvesse três milhões de pessoas em greve, então a adesão seria em torno de 60,4% e o país estaria parado. Ora isso não se verifica». Quem o disse é a ministra do Trabalho, Helena André, em conferência de imprensa sobre a greve geral que aconteceu esta quarta-feira.
O Governo contraria, assim, os números das centrais sindicais, que apontam para uma adesão de 60%, e aponta para uma adesão a rondar os 20%. Já a ministra do Trabalho, prefere não falar em números:
«Às 17 horas, as indicações sugeriam que a adesão à greve tem sido muito variável em relação aos sectores», disse Helena André, adiantando que «o sector privado foi minimamente afectado».
A ministra do Trabalho deixou como exemplo a «fraca adesão» dos sectores têxtil, metalúrgico e dos grandes grupos de distribuição, entre outros.
Já no sector dos transportes, «a situação varia muito entre empresas», com a adesão a oscilar «entre os 5,9% e 95%».
Na mesma conferência, o secretário do Estado e da Administração Pública, Castilho dos Santos, referiu ainda que «68% das escolas ficaram abertas» e que «não houve um agrupamento de saúde encerrado no país».
«O pais viveu uma greve geral tranquila», concluiu Helena André, sublinhando «a maturidade cívica dos portugueses», classificando-a como «um facto muito importante».
Governo: «Se houvesse três milhões em greve, o país estaria parado»
- Redação
- RL
- 24 nov 2010, 20:26
Habitual guerra dos números: sindicatos falam numa adesão acima dos 60%, Governo contraria a aponta para cerca de 20%
Continue a ler esta notícia