Casamento gay: PS frisa separação entre religião e política - TVI

Casamento gay: PS frisa separação entre religião e política

Augusto Santos Silva

Santos Silva apela ao «bom senso» dos portugueses

O dirigente socialista Augusto Santos Silva apelou, esta quarta-feira, a propósito da questão dos casamentos homossexuais, ao «bom senso» de separar filiação religiosa e voto político nas próximas eleições.

«Estou certo que o bom senso vai prevalecer e que vai ser seguida a belíssima regra da democracia portuguesa, a qual tem sido a de não confundir filiação religiosa e voto político», declarou à Lusa.

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Santos Silva frisou que a moção de orientação política de José Sócrates, para o congresso do PS, propõe apenas «a remoção de barreiras jurídicas à celebração do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo».

«O PS não considera outros planos da questão que não o plano jurídico e civil», salientou o ministro dos Assuntos Poarlamentares.

Também de acordo com o membro da direcção do PS, a proposta do secretário-geral socialista «tem valores que são os típicos da civilização europeia: a liberdade, a igualdade perante a lei, a dignidade humana e a tolerância».

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«A proposta do PS inspira-se igualmente na Constituição da República Portuguesa, que proíbe expressamente qualquer discriminação em função da religião, do sexo, da raça ou orientação sexual. Pela minha parte, espero que este seja um debate que se circunscreva ao plano dos valores e do respeito pelos direitos civis», acrescentou.

Neste contexto, Augusto Santos Silva salientou que a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo reside no plano «dos direitos civis», não sendo, como tal, «religiosa».

«Não se põe em causa as diferentes atitudes das diferentes confissões religiosas em matéria de casamentos», observou.
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