Gil Vicente-Sporting, 3-1 (crónica) - TVI

Gil Vicente-Sporting, 3-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • 1 dez 2019, 22:11

Três bicadas do galo derrotaram um tímido rugido do leão

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Três bicadas do galo derrotaram um tímido rugido do leão. O Sporting averbou em Barcelos a quarta derrota do campeonato, a segunda consecutiva fora de portas. Depois do moralizador triunfo para a Liga Europa, os sportinguistas voltaram a claudicar perante uma bem organizada equipa do Gil Vicente.

Vítor Oliveira volta a travar, assim, um grande. Depois de vencer o FC Porto por 2-1, os gilistas tiram três pontos ao Sporting, que assim não conseguiu a aproximação ao Famalicão – que havia perdido na véspera frente ao Portimonense. Kraev abriu o ativo e Wendel, a fechar a primeira parte empatou. Na etapa complementar, Sandro Lima e Naidji marcaram os golos que deram o quarto triunfo na Liga aos barcelenses.

Os gilistas voltaram a ganhar aos leões sete anos depois. Na época 2011/2012, Rodrigo Galo e Cláudio foram os autores dos golos que deram os três pontos aos galos, derrotando os verdes e branco por 2-0. Esta foi a oitava vitória, em 39 encontros, dos gilistas frente à turma de Alvalade. Nos restantes 31 jogos, houve sete empates e 24 vitórias dos sportinguistas.

Desde cedo que se percebeu que o Sporting iria sentir muitas dificuldades para entrar no meio campo defensivo do Gil Vicente. Os leões trocavam com facilidade o esférico no seu meio campo, mas depois as coisas complicavam na hora de furar a muralha barcelense. A espaços, os gilistas tentavam pegar no jogo, mas a prioridade era dada ao contra-ataque, tentando explorar a velocidade nos corredores laterais.

Os da casa adiantaram-se no marcador perto dos 20 minutos. Bola longa a solicitar a velocidade de Sandro Lima, Tiago Ilori antecipa-se, mas falha o atraso a Maximiano. O avançado brasileiro agradeceu, entrou na área e ofereceu o golo a Kraev, que só teve de encostar. Os sportinguistas tentaram reagir, contudo demoraram tempo a perceber como conseguiam entrar nas linhas do adversário.

Wendel deu o primeiro aviso num remate às malhas laterais, numa altura em que estava solto na área. Depois, foi Jesé a surgir na cara de Denis, após excelente passe de Bruno Fernandes, mas o guardião brasileiro foi expedito a sair aos pés do espanhol e anulou o lance. Já no período de compensação, os leões chegaram ao golo. Bola nas costas da defesa para Wendel que, solto de marcação, rematou cruzado para a igualdade. Denis podia ter feito melhor.

O Sporting entrou a mandar no segundo tempo, mas foram os galos a marcar novamente. Lourency fabricou a jogada, isolou Baraye, que acabou por ser derrubado na área por Marcos Acuña. Hugo Miguel não teve dúvidas em assinalar o castigo máximo, que Sandro Lima se encarregou de transformar em golo. Foi o sexto golo do goleador na I Liga.

Silas via a vida a andar para trás e tentou mudar o rumo dos acontecimentos. Lançou Bolasie e Rafael Camacho para tentar agitar as hostes leoninas. No entanto, as substituições não surtiram o efeito desejado. Os leões continuavam a sentir muitas dificuldades em furar a barreira defensiva do Gil Vicente e iam errando passes atrás de passes.

Já perto do final, quando os sportinguistas tentavam o tudo por tudo, e numa altura em que Vítor Oliveira havia refrescado o ataque, Nadji apontou o terceiro e acabou com todas as dúvidas e confirmou que o Sporting, versão 2019/2020, é como as ações cotadas em bolsa: andam sempre em altos e baixos.

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