A cidade de Nova Iorque lançou esta semana a sua maior campanha de sempre para prevenção do HIV/SIDA com a distribuição de 26 milhões de preservativos, que foi imediatamente condenada pela Igreja Católica local, escreve a Lusa.
De há muito que a cidade distribui gratuitamente preservativos (no ano passado distribuiu 18 milhões), mas a campanha deste ano tem duas inovações.
A primeira é que o preservativo tem a marca da cidade, «NYC Condom», em que as letras aparecem a branco em círculos coloridos sobre fundo preto, como nas tabuletas da entrada das estações de metropolitano.
A segunda inovação é que enquanto até agora os preservativos eram unica mente distribuídos nos centros de saúde, estão agora disponíveis em mais de uma centena de lojas de bairro, que incluem barbeiros e cabeleireiros.
A campanha, que custa 1,5 milhões de dólares (1,1 milhões de euros), foi proposta pelo comissário de saúde da cidade, Thomas Frieden, que defende que com ela se promove o sexo com segurança, reduz-se a infecção por HIV e diminuem também as gravidezes indesejadas.
«Salvamos vidas e poupamos dinheiro», sintetizou.
Em 2005, 1.400 habitantes da cidade de Nova Iorque morreram devido à sida, o que torna a infecção na terceira causa de morte para pessoas com menos de 65 anos, logo a seguir ao cancro e às doenças cardíacas.
As duas principais autoridades católicas romanas da cidade, o cardeal Edward Egan, e o bispo de Brooklyn, Nicholas DiMarzio, são frontalmente contra a iniciativa.
Num comunicado conjunto, dizem que «a decisão da cidade de Nova Iorque de distribuir gratuitamente ao público milhões de preservativos - e distribuí-los também a menores (. . .) - é um erro trágico».
«Os nossos líderes políticos não conseguem proteger o tom moral da nossa comunidade quando encorajam actividades sexuais impróprias ao inundarem os nossos bairros com preservativos», afirmam.
Argumentando que a iniciativa «degrada os padrões sociais», o comunicado de Egan e DiMarzio acrescenta que «o dinheiro dos contribuintes está a ser gasto para distribuir preservativos e promover uma atitude de "vale tudo", enquanto seria muito melhor empregue a promover o que é verdadeiro e o que é decente».
Reagindo a estas críticas, a câmara municipal insitiu que a iniciativa permite salvar vidas.
Thomas Frieden espera uma grande aceitação dos preservativos com a marca da cidade pela parte do público.
Nova Iorque lança preservativos
- Portugal Diário
- 16 fev 2007, 19:24
Pertencem a uma campanha para prevenção do HIV/SIDA
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