A venda da SAD do Académico de Viseu está em suspenso. O Tribunal Judicial de Viseu confirmou, esta sexta-feira, à agência Lusa, o provimento a uma providência cautelar colocada pelo antigo diretor desportivo dos viseenses, André Castro, que congela a alienação de 51 por cento das ações que o presidente da SAD e do clube, António Albino, diz serem sua pertença.
André Castro, que atualmente desempenha idênticas funções no Leixões, clube que disputa a II Liga, tal como o Académico, reclama a titularidade de 51 por cento das ações da SAD viseense, através da empresa Sportvision, da qual era sócio com a mulher, Daniela Lima, bem como com António Albino.
A advogada Andrea Macedo revelou, à Lusa, que a providência está «exaustivamente fundamentada ao longo de meia centena de páginas», que dão razão a André Castro no reconhecimento do seu «estatuto de investidor e do contrato que nessa qualidade outorgou de lhe serem adjudicadas as ações representativas de 51 por cento do capital social da Académico de Viseu Futebol SAD».
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Ou seja, na prática, a jurista indica que o recurso, do qual clube e SAD já têm conhecimento, impede a venda de qualquer ação dos 51 por cento não pertencentes ao clube.
O tema foi debatido numa assembleia geral do clube, a 27 de janeiro de 2018. Na ocasião, a advogada do Académico e atual presidente da Mesa da Assembleia Geral, Célia Sérgio, garantiu que «António Albino é dono de 51 por cento da SAD, a título pessoal» e que «a Sportivision não é detentora de qualquer capital social da SAD».