Tanto o treinador como o capitão do Estoril, Bruno Pinheiro e Joãozinho, respetivamente, manifestaram a alegria pela subida à Liga assegurada esta segunda-feira, e a ambição de conquistar o título da II Liga.
«Sempre tivemos como filosofia que o que fazia a diferença era a qualidade do trabalho e a humildade. Fomos fazendo, fomos ganhando confiança e a subida é mais do que merecida. É uma época muito boa. Vamos jogar para ser campeões, porque os próximos três pontos dão-nos isso. Para ser uma época excelente, gostaríamos de ser campeões», disse o técnico, aos jornalistas.
Em estreia no comando técnico de uma equipa profissional, Bruno Pinheiro confessou ter ainda «muito para aprender» e que tem pela frente «um percurso enorme para ser o treinador de referência que gostaria de ser».
«Houve muita gente que me disse que não ia conseguir com esta forma de jogar, mas chegámos à conclusão de que valoriza o clube e, sobretudo, valoriza os atletas. É preciso muita coragem. Ouvi muitas críticas, porque é uma forma de jogar que exige muita compreensão pelo jogo», explicou.
Questionado sobre o futuro que espera o Estoril na Liga, e a sua eventual continuidade à frente da equipa, Bruno Pinheiro preferiu centrar as atenções no presente.
«Para já, faz sentido acabar a época. Se tiver de ser, é. O facto de subirmos de divisão não dá o direito de pensar que sou o treinador do Estoril por si só, mas acho que tudo se vai encaminhar. O que ficou falado com a direção foi ‘primeiro, quero acabar isto’. E quero muito ser campeão», atirou.
À semelhança do treinador, Joãozinho apenas abordou o presente da temporada na II Liga.
«Em relação à próxima época, não posso falar, porque estamos já a pensar em conquistar o primeiro lugar, seria a cereja em cima do bolo», referiu.
Relembrando as suas próprias palavras de quando chegou aos canarinhos, em que defendeu que o emblema pertencia à Liga, o lateral-esquerdo recusou considerar que tenha sido «ansiedade» a adiar a festa nas anteriores jornadas e vincou a convicção de que a equipa iria festejar esta segunda-feira a promoção.
«Não diria ansiedade, mas, com o passar das semanas, estar mais perto de conquistar algo pode ter pesado em alguns momentos. Somos uma equipa muito jovem, mas sempre confiámos no nosso trabalho. Foram raras as jornadas em que não estivemos nos lugares de subida e por isso é merecido e estamos muito felizes», finalizou.
Com três rondas por disputar, o Estoril soma 66 pontos, contra 59 do Vizela, segundo classificado, também em posição de subida automática, e 56 do Arouca, que ascendeu ao terceiro posto, que apura para um ‘play-off’ com o 16.º da I Liga.
O conjunto de Bruno Pinheiro, que conta 19 vitórias, nove empates e três derrotas, assegurou o regresso ao escalão máximo do futebol português, repetindo 1944/45, 46/47 a 52/53, 75/76 a 79/80, 81/82 a 83/84, 91/92 a 93/94, 2004/05 e 2012/13 a 2017/18.