Casillas: «Puyol queria dar-me duas galhetas...» - TVI

Casillas: «Puyol queria dar-me duas galhetas...»

«Tenho de estar agradecido, tive muita sorte»

Antigo guardião espanhol conversou com Del Bosque sobre o afastamento da seleção, a rivalidade com o Barcelona e confessou querer trabalhar na formação

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Vincent del Bosque e Iker Casillas sentaram-se para conversar pela primeira vez desde que o técnico riscou o nome do antigo guardião das opções da seleção espanhola. «Em 2016, toda a gente queria mudanças e ainda que com o respeito máximo por ti, optámos pelo De Gea. Uma decisão absolutamente desportiva», começou por dizer o técnico de 69 anos ao El País.

Iker reiterou que gostava de ter ouvido uma explicação da equipa técnica. «Estás a jogar, és o jogador com mais internacionalizações, o capitão, tanto tempo contigo... Chego à palestra e descubro que não jogo. Senti-me mal, é verdade».

Del Bosque admitiu que gosta de «tomar decisões sem dar explicações», ainda que esta tenha sido «dolorosa». Já Casillas, confessou que «os futebolistas são egoístas» e só olham para si mesmos.

A conversa viajou também entre abril e maio de 2011, quando Barcelona e Real Madrid se defrontaram quatro vezes no espaço de 18 dias. A rivalidade entre os dois clubes foi levada para a seleção.

«Não estávamos preparados para aqueles jogos. Marcaram o futebol espanhol e tudo o que nos rodeia. Passaram a ter uma magnitude política. Se o Barcelona vencesse, era como se a Catalunha estivesse acima de Madrid», disse Casillas, reconhecendo que o ambiente no balneário da seleção «não era o mesmo» e que a «afinidade» com os jogadores catalães só foi recuperada «quase um ano depois».

«O Puyol, com quem me dou muito bem, até me disse que houve um momento em que se quis levantar e dar-me duas galhetas. E eu disse: 'eu sei, eu também'», acrescentou.

A desfrutar do tempo com a família e a jogar padel em Madrid, Casillas não se vê como treinador. «Não aguentava, não tenho essa paciência. Dou a imagem de um bom menino e tal, mas transformo-me no balneário. Seria mais útil na formação, a convencer os jovens de onde podem chegar», atirou.

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